Reflexo de terremoto na fronteira da Argentina com o Chile é sentido em Santos

Climatologista explica o porquê o abalo sísmico de magnitude 6.4 na escala Richter ter sido sentido em alguns lugares da Baixada Santista

Por: Por ATribuna.com.br & Com informações da Agência Brasil &  -  19/01/21  -  14:56
Solo argiloso e efeito
Solo argiloso e efeito "pêndulo" explicam reflexos do abalo sísmico em Santos   Foto: Matheus Tagé/AT

Um terremoto de magnitude 6.4 na escala Richter foi sentido nesta terça (19) no noroeste da Argentina, perto da fronteira com o Chile. Algumas áreas ficaram sem eletricidade.As autoridades dos dois países não anunciaram, até o momento, se houve mortos e feridos. E as características do solo da Baixada Santista possibilitaram que reflexos do abalo sísmico fossem registrados em alguns imóveis da região.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que mede a atividade sísmica em todo o mundo, o epicentro foi registrado 27,6 quilômetros (km) a sudoeste da cidade de Porcito, às 2h46 desta terça-feira (19), com profundidade de 14 km. Pouco depois, foi registrado um segundo tremor de magnitude 5.


De acordo com o climatologista Rodolfo Bonafim, o reflexo do abalo sísmico pôde ser sentido nos andares mais elevados de prédios Baixada Santista. "Esses edifícios amplificam as vibrações e funcionam como um tipo de pêndulo. Quanto mais longa a extremidade, maior a vibração", explica.


Ainda segundo ele, o tipo de solo no qual o imóvel foi edificado explica o porquê do fenômeno ser sentido em alguns lugares da região. "Se (o imóvel) está assentado sobre rocha, a percepção da vibração não existe ou é muito pouco sentida. Já solos argilosos moles, como os de Santos, tendem a amplificar as vibrações até seis vezes mais", afirma.


Logo A Tribuna
Newsletter