Reclamações sobre saúde especializada disparam na Ouvidoria santista

Segundo o secretário de Saúde, Fábio Ferraz, o que puxa o índice são os ambulatórios de especialidades (Ambesp), especialmente na demora do atendimento

Por: Ronaldo Abreu Vaio  -  18/01/20  -  17:52
Ambulatório de Especialidades passará por reparos como limpeza geral e de aparelhos de ar cond
Ambulatório de Especialidades passará por reparos como limpeza geral e de aparelhos de ar cond   Foto: Rogério Soares/ AT

Questões relacionadas às árvores, como a poda, ainda são as campeãs de reclamações na Ouvidoria Municipal de Santos. Em 2019, foram 4.377 registros. Porém, problemas relacionados ao atendimento de saúde especializado tiveram um salto: de 2.140 ocorrências em 2018 para 4.249 no ano passado – crescimento de 98,5%. A escalada coloca o item na segunda posição do ranking divulgado esta semana pela própria Ouvidoria.


Na saúde especializada estão serviços como Odontologia, Fisioterapia e atendimento psicossocial. Mas segundo o secretário de Saúde, Fábio Ferraz, o que puxa o índice são os ambulatórios de especialidades (Ambesp), especialmente na demora do atendimento.


Há duas unidades em Santos. Uma na Rua Prof. Luíz Gomes Cruz, na Areia Branca, e outra na Avenida Conselheiro Nébias, 199, na Vila Nova. Esta última foi pivô de várias matérias em A Tribuna, ano passado, por causa das más condições do prédio, que chegou a ser fechado para intervenções emergenciais.


Ferraz reconhece os problemas e garante que eles serão sanados quando for inaugurado o novo Ambesp, na Rua Manoel Tourinho, mês que vem. “Não será apenas um prédio novo, haverá um novo estilo de gestão”, explica.


Autonomia


O novo modelo de gestão prevê uma Organização Social à frente das atividades, no caso, a Fundação Oswaldo Cruz, que já é gestora do Hospital dos Estivadores e agora venceu a concorrência ao Ambesp. Com isso, há mais autonomia na contratação de funcionários e compra de insumos, por exemplo. “Hoje, para contratar, é necessário fazer concurso, o processo é moroso”.


O novo Ambesp funcionará das 8 às 20 horas – hoje, é das 7 às 17 –; e aos sábados, das 8 às 14 horas. O corpo de funcionários da área de saúde, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros, também deve aumentar: dos atuais 200, para 350.


“O salário dos médicos estará vinculado à produção. Mas não será apenas atender e pronto: é preciso mostrar que há uma resolução (do problema)”, explica Ferraz.


Logo A Tribuna
Newsletter