Rachaduras em Hospital Vitória serão avaliadas pela Defesa Civil, em Santos

Fissuras foram encontradas na segunda-feira, durante inspeção em algumas partes do prédio

Por: Maurício Martins & Da Redação &  -  28/11/18  -  11:23
Problema de estrutura fez com que Hospital fosse evacuado às pressas
Problema de estrutura fez com que Hospital fosse evacuado às pressas   Foto: Paulo Santos/AT

Técnicos da Defesa Civil de Santos e de uma empresa particular contratada realizam, nesta quarta-feira (28), uma vistoria completa na estrutura do Hospital Vitória (Rua Monsenhor de Paula Rodrigues, 193, Vila Belmiro) para avaliar o nível de comprometimento da estrutura do edifício, que apresenta rachaduras. Na terça-feira (27), a unidade foi evacuada e 18 pacientes internados precisaram ser transferidos.


À Reportagem, o diretor de relações institucionais do hospital, Renato Casarotti, disse que as fissuras foram encontradas na segunda-feira (26), durante inspeção em algumas partes do prédio, muitas delas em locais não visíveis ao público. Segundo ele, engenheiros vão analisar a extensão do problema e quais medidas devem ser tomadas, assim como custo e tempo de obra.


Casarotti afirma que ainda não é possível falar em risco de desmoronamento, mas como a situação “inspira cautela” e “análise profunda”, com quebra de paredes, a opção da direção foi por desocupar o hospital. “Fizemos a transferência dos pacientes de forma segura e com tranquilidade, no menor prazo possível, sem desespero”.


O local foi inaugurado em 2012, como ISO Hospital Dia, referência em tratamento de câncer, prometia estrutura moderna, com instalações de última geração. Há pouco mais de três anos foi comprado pelo Grupo Amil e passou a se chamar Hospital Vitória. Durante esses quase sete anos de funcionamento, nunca houve notícias de problemas estruturais.


“Qualquer opinião agora será precipitada, sem a avaliação dos técnicos. A gente adquiriu o hospital em 2015, de lá para cá não houve nenhum tipo de reforma mais profunda que pudesse dar ensejo a esse tipo de coisa, explica Casarotti.


Hospital Ana Costa


Os pacientes foram transferidos para o Hospital Ana Costa (Rua Pedro Américo, 60, Campo Grande), que também faz parte da Amil. O diretor afirma que as pessoas que estavam em tratamento não serão prejudicadas. “Não haverá interrupção, infusões e quimioterapia terão continuidade no Ana Costa. Mas é óbvio que, embora os hospitais sejam do mesmo grupo, não necessariamente o plano de saúde de todos os pacientes cobre os dois. Demos prioridade aos internados”.


No ano passado, o Hospital Ana Costa já foi alvo de matérias de A Tribuna porque médicos e pacientes reclamavam da falta de estrutura e atendimento deficiente. Casarotti garante que todos serão bem atendidos. “No Vitória são 50 leitos, no Ana Costa, 175, e com capacidade de expansão para mais de 230 se for necessário”.


Segundo ele, um plano de trabalho será feito para redistribuir os 260 funcionários do Hospital Vitória, comunicados nesta terça-feira de que não poderão retornar ao prédio. O diretor rebate boatos de que a situação poderia ser uma desculpa para fechamento do local. “Isso é improcedente. Tomamos a medida com o único propósito de garantir a saúde e segurança de nossos colaboradores e pacientes”.


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