Ato que começou nesta quinta-feira (25) às 10h, na Praça Mauá, em Santos, teve como pauta prioritária o fim das aulas presenciais. Professores da rede municipal de ensino da cidade reclamam de falta da EPI’s, ambiente seguro para exercer suas atividades e falta de vacinas.
Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv) Cássio Canhoto, não é o momento certo para colocar crianças e professores dentro de salas de aula, mesmo em sistema de rodízio, como prevê o Plano SP. “Nós já temos 12 contaminações confirmadas nas escolas de alunos e trabalhadores da Educação, e mais 29 casos em investigação. A abertura das escolas tem propiciado um aumento de contaminações e pode daqui para frente ocasionar a morte de trabalhadores da Educação, família e alunos”.
Neste sentido, o líder do Sindserv frisou que salas de aula não são ambientes seguros, pois não há quantidade suficiente de EPI’s, nem distanciamento social necessário.
É o que acontece, por exemplo, na rotina da professora de creche Fabiana Floripi. “Minha principal dificuldade é o contato com as crianças que são muito pequenas. Elas precisam de atenção, de colo, precisam ser trocadas, de contato físico para brincar e interagir. E algumas também tem dificuldade para usar máscara”.
O diretor também disse que desde novembro o Sindicato tenta diálogo com a Prefeitura de Santos e Secretária de Educação sem sucesso. “Desde o ano passado reivindicávamos que a Prefeitura de Santos só retornasse o início das aulas presenciais, a partir da completa imunização vacinal de todos os membros das unidades escolares e isso não aconteceu”.
Em nota, a Secretária de Educação informou que a Prefeitura ofertou, em dois períodos antes da volta às aulas, testagem rápida da Covid-19 para cerca de cinco mil servidores e profissionais que atuam nas unidades municipais de ensino de Santos e entidades subvencionadas, em novembro de 2020 e no final de janeiro deste ano. Também ressaltou que profissionais do grupo de risco foram afastados por precaução.
O ato dos servidores municipais, na Praça Mauá, ocorreu até às 15h desta quinta-feira (25).