Prefeitura de Santos permite sugestões em plano de retomada da economia

População pode ajudar a formatar documento para reabertura das atividades econômicas da Cidade

Por: Maurício Martins  -  21/05/20  -  16:13
Coordenador do plano, secretário Rogério Santos recebeu sindicalistas para sugestões
Coordenador do plano, secretário Rogério Santos recebeu sindicalistas para sugestões   Foto: Matheus Tagé/AT

O Plano de Monitoramento e Controle da Covid-19 para retomada das atividades econômicas em Santos está aberto a sugestões. Qualquer pessoa pode propor mudanças pelo e-mail planoderetomada@santos.sp.gov.br. O documento, disponível no site da prefeitura, está sendo formatado em conjunto com segmentos empresariais e sindicatos. Ele estipula regras para reabertura e funcionamento dos estabelecimentos na Cidade, ainda sem data para ocorrer.  


Coordenador do plano e secretário municipal de Governo, Rogério Santos fez reunião nesta quarta-feira (20) com representantes dos sindicatos dos Empregados em Edifícios e Condomínios (Sindedif) e dos Empregados no Comércio. Também conversou com setores do turismo, shoppings, academias e clubes. O objetivo foi ouvir opiniões sobre a retomada.   


“Pretendemos terminar a segunda versão do documento no sábado (23) para entregar ao prefeito (Paulo Alexandre Barbosa, PSDB), que vai avaliar”, diz Rogério Santos. O documento, porém, continuará recebendo sugestões por e-mail.  


O presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios, José Maria Félix, ressalta que a categoria continua trabalhando normalmente. Apenas o pessoal da limpeza de empreendimentos comerciais foi afetado. Ainda assim, o sindicato está aberto a colaborar.  


Secretário geral do Sindicato dos Empregados no Comércio, Washington Vicente da Fonseca, afirma que é preciso uma solução rápida, desde que os funcionários estejam protegidos. “Precisamos de um pontapé inicial, não dá para ficar esperando decisão do governador. Apoiamos o programa municipal, desde que os trabalhadores sejam respeitados e tenham segurança para trabalhar”. 


Como será 


A reabertura dos estabelecimentos com a retomada das atividades será determinada a partir de critérios técnicos como curva decrescente de casos de covid-19 e ocupação máxima de 60% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Cidade. 


De acordo com o documento, as atividades foram divididas em quatro grupos, classificados por cores de bandeiras (branca, verde, amarela e vermelha), de acordo com a natureza dos serviços e os riscos de contágio pelo novo coronavírus, considerando o nível de aglomeração de pessoas. Sendo que a branca representa as atividades essenciais, que já podem abrir, e a vermelha as com mais aglomeração, que terão a retomada mais devagar.  


Segundo a prefeitura, atualmente 60% das empresas se classificam como bandeira branca, 32% verde, 1% amarela e 7% vermelha. São exemplos bandeira verde: lojas de variedades, comércio de móveis, colchões, livros, papelaria, artigos esportivos, vestuário e acessórios, calçados, joalherias, shoppings centers, galerias e centros comerciais, instituições religiosas, atividades de estética e beleza e atividades de condicionamento físico. 


Classificados como bandeira amarela se encontram os locais com média aglomeração de pessoas como, por exemplo, hotéis, motéis, pensões, alojamentos e bares com entretenimento. Como bandeira vermelha, ou seja, com alta aglomeração de pessoas, estão bares e restaurantes com música ao vivo, casas de festas e eventos, instituições de ensino, discotecas, cinema, museus e biblioteca. 


O processo acontecerá de maneira gradativa, com cumprimento de regras ao longo das semanas após reabertura. dividido em quatro fases. A mudança ou não de fase deve obedecer a três estados: de alerta, de atenção ou de emergência.  


Alerta é quando até 60% dos leitos de UTI estão ocupados e permite que os segmentos avancem de fase. Atenção, com ocupação de UTI entre 61% e 80%, nesse caso os estabelecimentos não podem avançar para ampliação do funcionamento. No de Emergência, acima de 80% de ocupação dos leitos, os setores devem voltar para a primeira fase.  


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