Prefeitura de Santos anuncia projeto de emprego para deficientes

O objetivo é contratar 20 pessoas, entre 18 e 40 anos, ao setor de Cultura

Por: Da Redação  -  30/10/19  -  15:38
Câmara de Santos receberá hoje projeto enviado por Paulo Barbosa
Câmara de Santos receberá hoje projeto enviado por Paulo Barbosa   Foto: Vanessa Rodrigues/ AT

A Prefeitura de Santos vai encaminhar nesta quarta-feira (30) à Câmara um projeto que prevê a contratação de 20 pessoas com deficiência intelectual entre 18 e 40 anos. O objetivo é incorporá-las ao setor da Cultura.  


O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) considera que, se o texto virar lei, pessoas com deficiência intelectual poderão “atuar nas mais diversas áreas da cultura do Município. Vão poder trabalhar na parte receptiva, de produção e difusão cultural, no receptivo de eventos”. 


Barbosa diz que a seleção será feita por dois servidores e um profissional especialista em inclusão social. Os contratos terão validade por um ano, com bolsa mensal de um salário mínimo (R$ 998,00). 


“Esse trabalho será fundamental para melhorar ainda mais a cultura do Município, cumprindo um objetivo importante, que é a questão da inclusão”, diz. 


Os contratados terão vínculo direto com o Município. O prefeito informou que todas as pessoas com deficiência intelectual contratadas serão treinadas, capacitadas e terão acompanhamento especial.  


Hoje, os profissionais com deficiência intelectual da Prefeitura atuam por meio de convênios com projetos sociais e ONGs. “A Prefeitura vai dar voz e vez a essas pessoas.” 


Pic 


O prefeito comentou que nesta noite, às 19 horas, será lançado o Programa de Inclusão Cultural (PIC), no Teatro Guarany, na Praça dos Andradas, 100, no Centro Histórico.  


Segundo Barbosa, o evento tem como objetivo prestar informações e acabar com preconceitos. O palestrante será Romeu Sassaki, considerado o “pai da inclusão” e especialista em Educação Inclusiva, Reabilitação Profissional e Emprego Apoiado.  


Segregação  


Jornalista e autor do blog Vencer Limites, Luiz Alexandre Souza Ventura comenta que, de todas as deficiências, a intelectual é a que mais leva à segregação, pois é abstrata. Não se constroem rampas nem se propõem linguagem de sinais ou softwares como o que se oferece para cegos, compara ele. 


“É preciso aplicar a metodologia de emprego apoiado”, sugere. Significa, ainda segundo Ventura, proporcionar acompanhamento especializado para que pessoas com deficiência tenham condições de participar e contribuir no segmento em que foram empregadas.


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