Policlínicas de Santos atendem covid, dengue e chikungunya durante as tardes

A ideia é dar um tratamento mais aprimorado a quem esteve em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e não precisa de internação

Por: Por ATribuna.com.br  -  09/04/21  -  10:57
Santos registrou este ano 603 casos de chikungunya e 241 de dengue
Santos registrou este ano 603 casos de chikungunya e 241 de dengue   Foto: Anderson Bianchi/PMS

As 29 policlínicas de Santos reservam o horário da tarde, das 14h às 16h, de segunda a sexta-feira, para atendimento ambulatorial de pacientes de covid-19, dengue e chikungunya. A ideia é dar um tratamento mais aprimorado a quem esteve em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e não necessita de internação. O atendimento direcionado a esse grupo de pacientes começou no dia 30 de março, segundo o coordenador da Seção de Atenção Básica, Fabio Matos.


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O paciente que passa pela UPA e recebe diagnóstico de suspeita de covid-19, dengue ou chikungunya leva para a policlínica alguns exames como hemograma, PCR laboratorial e a ficha de acompanhamento. Nas policlínicas são analisados sinais de alarme como baixa saturação de oxigênio e desconforto respiratório (falta de ar). O público atendido nesse monitoramento dos casos são pessoas com idade superior a 60 anos e comorbidades (especialmente hipertensão e diabetes).


A chefe da Seção de Atenção à Saúde da Comunidade (Seatesc), Daniela Moutinho, destaca que o monitoramento é um caminho importante para reduzir os quadros de internação em UTI, porque se torna uma oportunidade de intervenção precoce nos casos que foram evoluindo de maneira mais crítica.


São encaminhados para internação nas UPAs pacientes com saturação de oxigênio abaixo de 93, desconforto respiratório, persistência de febre por mais de três dias e de sintomas como tosse, fadiga, dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, diarreia e vômito.


Em casos de dengue, explica a chefe da Seatesc, é pedido o hemograma para melhor avaliação, sempre lembrando que o médico tem autonomia na avaliação de cada caso.


Acompanhamento


Além desse acompanhamento mais direcionado, servidores da Seção de Atenção Básica, da Secretaria Municipal de Saúde, estão telefonando para pacientes que têm prontuário nas unidades de Saúde para reforçar a necessidade de manter o isolamento social, além de passar orientações gerais e tirar dúvidas.


A faxineira Elisa Brito, de 43 anos, esteve na tarde desta quinta-feira (8), na Policlínica Ponta da Praia, para seguir seu tratamento de chikungunya. O encaminhamento dela se deu pela UPA Zona Leste, unidade que procurou assim que sentiu dores. "Sinto mais dor pela manhã", contou ela, que diz ter aprovado o atendimento na policlínica. "O atendimento foi bem rápido".


Também com tratamento de chikungunya em andamento, o aposentado Antonio Gonçalves, de 82 anos, foi outro que passou pela Policlínica Ponta da Praia. Morador do Estuário, ele elogiou o atendimento na unidade. "Não tenho do que me queixar. Muito bom". Após passar pela avaliação médica, ele saiu da policlínica com intenção de seguir à risca as orientações passadas pelos profissionais, enquanto aguarda o resultado dos exames.


Portuário aposentado, Luiz Carlos Marques de Freitas, de 51 anos, esteve na Policlínica Aparecida após ter sido encaminhado pela UPA Zona Leste. "Tive dois dias de febre e aqui recebi a medicação", contou ele, que está com suspeita de dengue.


Dados


Santos registrou este ano 603 casos de chikungunya e 241 de dengue - e nenhum de zika vírus. Foi confirmada uma morte por chikungunya. O último registro de febre amarela urbana é de 1940.


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