Petroleiros da Baixada Santista protestam contra desmonte da Petrobras
Sindicato aponta que as extinções dos postos de trabalho terão impacto sobre toda a economia local
Petroleiros da Baixada Santista decidiram protestar contra o desmonte da Petrobras no estado de São Paulo nesta sexta-feira (19). O manifesto ocorre na Praça Mauá, em Santos.
Em nota, o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro) afirma que mais de 900 trabalhadores de várias plataformas foram transferidos para a base da empresa, no Rio de Janeiro. A unidade da Petrobras em Santos, localizada no Valongo, vem sofrendo redução no número de trabalhadores em suas atividades.
O sindicato também aponta que as extinções dos postos de trabalho certamente terão impacto sobre toda a economia local, caso a empresa siga investindo nesta política de desmonte.
De acordo com a Petrobras, não há transferência de operações tampouco transferência de empregados. O que ocorreu foi um procedimento administrativo na lotação dos empregados que trabalham nas plataformas da Unidade da Bacia de Santos, segundo a empresa.
A estatal afirma que os funcionários seguirão trabalhando embarcados nas mesmas plataformas em que atuavam antes da mudança de lotação. Esses empregados já embarcam no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, há mais de dois anos e cerca de 80% deles não moram na Baixada Santista, portanto não há motivo para impacto econômico na região. Com o ajuste, a Petrobras não arcará mais com os custos de deslocamento de Santos até o aeroporto de Jacarepaguá.
"A alteração administrativa da lotação dos empregados embarcados não tem efeito para a ocupação do prédio de Santos. Como já dito, esses empregados não trabalhavam na cidade de Santos, e sim em unidades offshore, onde permanecem" finaliza a Petrobras em nota.
