Peixe de metal 'engole' 300 kg de resíduos em Santos

Iniciativa, gerenciada pela ONG Sem Fronteiras, por meio do programa Recicla Praia, terá mais dois peixes até junho

Por: Júnior Batista & Da Redação &  -  06/04/19  -  15:57
Estrutura feita de material reciclado e montada na Praia do Boqueirão tem 3 metros de altura
Estrutura feita de material reciclado e montada na Praia do Boqueirão tem 3 metros de altura   Foto: Nirley Sena/AT

Idealizado para receber lixo limpo, o peixão de três metros de altura, feito com material reciclado e montado na Praia do Boqueirão, na altura da Rua da Paz, em Santos, atingiu a marca de 300 kg de resíduos.


O resultado, esperado pela prefeitura, é considerado satisfatório. A iniciativa, gerenciada pela ONG Sem Fronteiras, por meio do programa Recicla Praia, terá mais dois peixes até junho.


Se depender da Coordenadoria de Políticas Ambientais da Cidade, os depósitos ficarão no Canal 1 e na Ponta da Praia. A decisão caberá à Secretaria de Esportes, que gerencia espaços na orla.


Lembrete


Marcelo Adriano da Silva, presidente da ONG Sem Fronteiras, ressalta que o peixe também serve para lembrar como a população está tratando os oceanos e prejudicando os animais marinhos.


A estrutura foi construída em galpões de escolas de samba de Santos por artistas vindos de Parintins, no Interior do Amazonas.


Inspiração


A maior parte dos materiais recolhidos foi de plásticos de acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.


A pasta salienta que o depósito de resíduos reaproveitáveis no peixe é apenas uma medida mais visível ao público, pois há outras atividades desenvolvidas durante o ano.


Somente em janeiro, visitaram-se quatro vezes todas as 309 barracas de ambulantes para conversas com os trabalhadores sobre a importância de separação do lixo, reciclagem e cuidados com os resíduos orgânicos na praia.


O trabalho serve também para quem usa a praia lembrar de, pelo menos, cumprir a lei municipal de separação de lixo orgânico e reciclável.


“É um trabalho de formiguinha, difícil, mas que aos poucos vai evoluindo. Se, com essa exposição, turistas que usam as praias, moradores e ambulantes tiverem mais cuidado, ao menos na hora de separar o lixo, já teremos uma pequena evolução”, considera a secretaria.


Logo A Tribuna
Newsletter