Novo Mercado de Peixes de Santos deve ser aberto em março
Com 70% das obras já finalizadas, transferência dos permissionários para o novo imóvel ocorrerá antes da Semana Santa
A tradicional compra de pescados do santista para a Semana Santa (5 a 11 de abril) poderá ser nas futuras instalações do Mercado de Peixe, na Ponta da Praia. Com 70% das obras já finalizadas, a prefeitura e o Grupo Mendes – responsável pela construção do equipamento – estimam concluir as intervenções no local em março. Na sequência, terá início a transferência dos permissionários para o novo imóvel.
Caso o cronograma seja cumprido, a demolição do antigo ponto de venda na Praça Almirante Gago Coutinho ocorrerá em abril. Essa etapa é complementar à instalação do Centro de Atividades Turísticas (CAT) de Santos, que tem previsão de entrega para julho. As duas obras são as mais robustas da repaginação da Ponta da Praia.
A remodelação do bairro santista – que inclui a construção dos dois espaços – foi possível com a mudança na Lei de Uso e Ocupação do Solo. Aprovado pela Câmara Municipal de Santos, em 2018, o mecanismo possibilitou à prefeitura reverter parte da outorga por novos empreendimentos em obras para o desenvolvimento da cidade.
Ao custo de R$ 6 milhões, o moderno Mercado de Peixe ocupará uma área de 1,7 mil metros quadrados, na Avenida Mário Covas – a poucos metros do atual ponto de venda de pescados. O espaço terá 20 áreas para o comércio – cinco a mais que o atual –, dois espaços para temperos e artigos de pesca e um restaurante. Permissionários do atual Mercado e parcela dos que ocupam a Rua do Peixe irão para o novo endereço.
De acordo com o arquiteto Glaucus Farinello, gestor do projeto da Nova Ponta da Praia, a parte estrutural do prédio está concluída. “Estamos na montagem da cobertura. Os próximos passos serão o fechamento com telhas termoacústicas e instalação de uma chapa metálica perfurada, com enchimento de lã de vidro”.
O diretor do Grupo, Alex Mendes, destaca que o equipamento terá uma estrutura climatizada, com mais higiene e moderno sistema de drenagem de água e esgoto. “O Mercado de Peixe vai se transformar em um dos mais modernos do país, num nível que uma cidade em constante evolução precisa”, afirma.
De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Gustavo Barrio, o projeto levou em consideração a melhora da higiene do local. “Além de ser um ambiente fechado e climatizado, o prédio terá sistema de drenagem e esgoto com separação de detritos”.
Ele explica que o modelo reduz o risco de eventual entupimento das tubulações a partir de escamas de peixes, por exemplo. O engenheiro destaca, ainda, a instalação de filtros para a dispersão do ar, eliminando odor naquela região.
A preocupação com a higiene foi baseada nas recomendações do Conselho de Nutricionistas. O órgão nacional orienta aos consumidores observarem fatores de limpeza e de acondicionamento dos pontos de venda de pescados.
“É importante que os peixes sejam adquiridos em locais que se apresentem limpos e organizados”, diz a profissional do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo (CRN-3), Viviani Fontana.
