Novo Mercado de Peixes de Santos cria expectativa

Construção das futuras instalações para comércio de peixes começará na próxima semana. Viário vai mudar

Por: Da Redação  -  06/09/19  -  01:43
Mercado de Peixes ficará na Avenida Mario Covas
Mercado de Peixes ficará na Avenida Mario Covas   Foto: Carlos Nogueira/AT

Com cerca de 70% dos dois trechos iniciais já concluídos, as intervenções na Ponta da Praia, em Santos, avançam para a fase de mais impacto visual e arquitetônico. Começarão na próxima semana as obras do edifício que vai abrigar o Mercado de Peixes. As instalações devem ficar prontas até junho de 2020.


As obras integram a compensação financeira do Grupo Mendes à prefeitura pela construção de quatro edifícios no bairro, em parte de áreas de clubes náuticos. O dia certo para o início da construção do novo mercado depende do clima.


O gestor do projeto Nova Ponta da Praia, arquiteto Glaucus Farinello, explica que o começo dos trabalhos dessa fase depende da conclusão do sistema viário no entorno. A etapa também inclui a instalação do Centro de Atividades Turísticas (CAT), cujas obras ainda não têm data marcada.


As duas intervenções estão entre as principais mudanças na Ponta da Praia. As novidades animam moradores e comerciantes do bairro, para os quais haverá valorização do local, maior fluxo de visitantes e melhoria na segurança pública.


Conforme o projeto, o novo comércio de pescados ocupará uma área de 1,7 mil metros quadrados na Avenida Mario Covas, a poucos metros da construção atual. Ficará de frente à nova saída das balsas que vêm de Guarujá.


O trânsito também será modificado a partir da próxima semana. A alteração só depende do término dos serviços na área cedida pela União à prefeitura dentro do Terminal Pesqueiro Público de Santos (TPPS).


Mudança no trânsito depende do fim dos serviços na área do TPPS
Mudança no trânsito depende do fim dos serviços na área do TPPS   Foto: Carlos Nogueira/AT

Peixes e convenções


O futuro espaço comercial será fechado e será dotado de climatização e filtros para dispersão do ar, eliminando a possibilidade de mau cheiro nos arredores. O espaço terá 20 boxes para peixes e outros espaços comerciais para temperos e lembranças da Cidade.


A quantidade de boxes será 33% maior do que a atual. Os excedentes serão destinados aos permissionários da Rua do Peixe, que precisam deixar aquela área por força de decisão judicial.


O CAT, que será o novo Centro de Convenções, está projetado para ser o novo eixo de visitação santista. O equipamento público terá pavilhão climatizado para feiras e exposições e salão para shows. São previstos heliponto e 400 vagas cobertas de estacionamento.


Ações de trabalho são simultâneas


A Prefeitura informa que a reformulação busca transformar a Ponta da Praia em referência turística. O projeto tem quatro fases, que podem transcorrer ao mesmo tempo. É o que tem ocorrido: ao menos cinco frentes de trabalho estão em andamento.


Esta é uma parte do segundo trecho das obras, na altura do Canal 7
Esta é uma parte do segundo trecho das obras, na altura do Canal 7   Foto: Carlos Nogueira/AT

O trecho 1 é o mais adiantado. Ele engloba a remodelação viária das avenidas Samuel Augusto Leão de Moura (orla, sentido Ferry Boat) e Bartolomeu de Gusmão (orla, sentido José Menino), entre a Avenida Coronel Joaquim Montenegro (Canal 6) e a Rua Carlos de Campos. Os locais receberão calçadão reformulado, com novos equipamentos de lazer e paisagismo.


O trecho 2 prevê a remodelação da Avenida Saldanha da Gama, no trecho entre as ruas Carlos de Campos e Ministro Daniel de Carvalho. Já foram iniciados os trabalhos de construção de dois mirantes, uma escadaria e do primeiro quiosque.


A terceira parte se concentra entre a Rua Ministro Daniel de Carvalho e a Praça Almirante Gago Coutinho. Atualmente, está sendo preparada base para pavimentação da pista e se instalam guias nas calçadas. Toda a parte viária do projeto deve ser concluída até dezembro, antes do início da alta temporada.


Também fazem parte do projeto a criação de rampas náuticas, academia ao ar livre e de espaços de contemplação e convivência. Integra, ainda, o pacote de contrapartidas do grupo empresarial a construção de uma escola municipal no Jabaquara.


A reformulação tem custo estimado em R$ 130 milhões, sem nenhum recurso dos cofres públicos.


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