Moradores do Jardim São Manoel realizam um protesto na entrada de Santos no início da noite desta quarta-feira (23). O ato é em resposta contra as demolições de moradias irregulares realizadas pela prefeitura na terça-feira (22)
Um grupo de moradores se reuniu no início da noite e montaram barricadas na entrada de Santos, na Via Anchieta. Utilizando pneus incendiados, carros foram impedidos de seguir viagem.
A Ecovias, sistema que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), informa que há ponto de congestionamento no Km 62 da Via Anchieta, na entrada de Santos.
Motivos
O ato se dá em resposta a uma ação da Prefeitura de Santos, da manhã de terça-feira, em que sete construções irregulares desocupadas foram demolidas. A prefeitura afirmou que a medida foi tomada a partir de Termo de Acordo Judicial (TAJ) entre o Ministério Público Estadual e o município.
ATribuna.com.br procurou a Prefeitura de Santos, que se posicionou através de nota. Confira na íntegra:
A Prefeitura ressalta que a força-tarefa realizada em área de preservação ambiental, no bairro São Manoel, cumpre o Termo de Acordo Judicial (TAJ) entre o Ministério Público Estadual e o Município. De acordo com o TAJ, a área não pode ser ocupada.
Nesta terça-feira (22), houve a demolição de sete construções irregulares desocupadas e uma demarcação de loteamento também irregular no bairro São Manoel. Na abordagem, a equipe de fiscalização desfez uma cocheira com dois cavalos. Os proprietários foram orientados a retirar os animais.
Nesta quarta-feira (23), mais duas construções irregulares vazias foram demolidas. Também foi feito o desmonte de seis cocheiras e de uma estrutura tipo garagem.
A ação contou com agentes da Guarda Civil Municipal e apoio de policiais militares. No total, nove famílias foram intimadas a demolir os barracos e deixar o local no prazo de 30 dias. Elas também foram aconselhadas a procurar orientação assistencial (veja abaixo).
Cadastramento
Antes da reintegração, as famílias são identificadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e orientadas a se cadastrarem no Centro de Referência de Assistencial Social (Cras) mais próximo ao bairro alvo da ação (caso ainda não sejam cadastradas). Após a reintegração, o Cras fica à disposição para atendimento das famílias e também é oferecido acolhimento institucional para aquelas que precisarem.