A mãe da menina Maria Victoria Bazo Moraes, de 10 anos, recebeu nesta quarta-feira (7) uma mensagem preocupante da professora de sua filha. A menina é estudante da UME Profª Therezinha de Jesus, em Santos, e durante a manhã teria sofrido uma suposta queda, que resultou em um grave ferimento na parte interna da boca - com dentes quebrados, inchaço e sangramento. A mãe afirma que nenhum socorro foi prestado à criança.
Vivane Bazo da Conceição, a mãe da menina, conta que só soube do ocorrido através de uma mensagem no Whatsapp, enviada pela professora. A docente diz que a menina “estava se movimentando, tropeçou no colega e caiu com o rosto no chão”. Vivane, entretanto, desconfiou desta versão.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que não houve agressão e que a mãe tomou ciência do fato e assinou um termo sobre a ocorrência. Ainda de acordo com a Secretaria de Esducação (Seduc), a escola também ofereceu transporte para levar a estudante à UPA para os primeiros-socorros, o que foi recusado pela mãe. A pasta frisa que não houve agressão, tampouco omissão da escola no caso relatado, tendo a mãe ciência do ocorrido.
“A Maria estava de costas na hora, então ela não sabe dizer o que aconteceu”, revela. Indignada, a mãe da menina diz que nenhum socorro foi prestado por parte da escola, que esperou a chegada dela, por volta das 8h20 da manhã.
Os ferimentos na boca da menina incluem um dente permanente afundado no céu da boca e outro dente da frente amolecido. Além disso, os lábios da criança aparecem deformados em fotos tiradas pela família.
“Ela ficou sem comer nada [desde o ocorrido], porque ficou com a boca muito machucada”, preocupa-se Vivane. Agora, a família busca um laudo médico para registrar um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, em Santos.
Procurada pela redação de A Tribuna Online, a Seduc, por meio da Prefeitura de Santos, informou que foi um acidente durante uma aula. Confira a nota na íntegra:
A Secretaria de Educação (Seduc) esclarece que a informação não procede. A menina participava de aula de teatro, nesta manhã, em classe de cerca de 30 alunos, e durante movimento feito em dinâmica de grupo, ela desequilibrou e caiu. Prontamente a direção da unidade entrou em contato com a mãe da aluna, que tomou ciência do fato e assinou um termo sobre a ocorrência (procedimento de praxe). A escola também ofereceu transporte para levar a estudante à UPA para os primeiros-socorros, o que foi recusado pela mãe. A pasta frisa que não houve agressão, tampouco omissão da escola no caso relatado, tendo a mãe ciência do ocorrido.