A forte chuva que atingiu Santos no início da manhã de sábado (22) fez o acumulado do mês no município alcançar a marca de 726,4 mm. É o fevereiro mais chuvoso desde 1939, superando o recorde de 2019, quando bateu 724,1 mm. O novo índice foi registrado às 9h de sábado. A tendência é que esse número aumente consideravelmente.
Os estragos das chuvas também seguem sendo contabilizados pela Defesa Civil. De acordo com o coordenador do órgão, Daniel Onias, ocorrências como quedas de árvores e deslizamentos nos morros foram registradas. Foram três casos em Santos: na Nova Cintra, José Menino e Saboó.
“No Saboó, um grande volume de terra desceu e inundou a rua. O solo está muito encharcado em razão do acumulado de chuvas. Nós recomendamos aos moradores que fiquem atentos aos sinais”, alerta Onias.
O coordenador da Defesa Civil cita como sinais visíveis trincas e rachaduras no solo, paredes e muros da casa, postes e árvores que estão inclinados, estalos de rochas e água barrenta.
“Em situações como essas, as pessoas precisam deixar as casas, buscar um lugar seguro e ligar para a Defesa Civil no telefone 199, solicitando vistoria”.
Ademais, as pessoas podem enviar mensagem para o telefone 40199, digitando o CEP de sua residência para receberem alertas meteorológicos.
Para este domingo, a previsão é de mais chuvas. “A frente fria passou, mas há muita umidade ainda e condições para continuar chovendo”.
Diretor da ONG Amigos da Água, Rodolfo Bonafim aponta que a chuva vai diminuir a partir deste domingo, mas depois virá como pancadas até o fim do carnaval. “O sol até aparece em forma de mormaço, mas depois chove por causa do calor. Não será calorão, mas a temperatura sobe um pouco”.
Ressaca
As condições também impactam na ressaca do mar. “Por volta das 15h [de domingo], no Estuário, a maré atingiu 2,5 metros, enquanto na Ponta da Praia chegou a 1,87 metro. Além da agitação marítima, as ondas estão acima de 2,6 metros. Tudo isso, chuva e maré, contribui para os alagamentos”.