Laudo irá definir destino de edifício abandonado há sete anos na Ana Costa, em Santos

Perícia determinará se o projeto de um condomínio de luxo, cujas obras foram paralisadas em 2012, será mantido ou alterado

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  06/08/19  -  15:54
O edifício abrigaria apartamentos e um hotel, com 360 leitos
O edifício abrigaria apartamentos e um hotel, com 360 leitos   Foto: Carlos Nogueira

Quase oito meses após ser arrematado em leilão, segue indefinido o destino do imóvel inacabado na esquina da Avenida Ana Costa com a Rua Luís de Faria, no Gonzaga. A construtora Macuco, nova proprietária do terreno, elabora um laudo para avaliar a situação da estrutura. A perícia definirá se o projeto de um condomínio de luxo, cujas obras foram paralisadas em 2012, será mantido ou alterado.  


O lote, com área superior a 2,2 mil metros quadrados, foi arrematado em dezembro, por R$ 14,9 milhões. A venda só ocorreu após a abertura do segundo e último leilão, definido pela 1ª Vara Cível de Santos, em ação por não pagamento de empréstimos para a conclusão do empreendimento. 


Posse 


Segundo o atual proprietário, apenas há 60 dias a Justiça autorizou a posse do imóvel, alvo de críticas pela poluição visual e questões de saúde (dado ao risco de proliferação de mosquito transmissor de dengue).  


A empresa garante ter retirado mais de 30 caminhões de lixo do local e ter providenciado uma solução para eliminar pontos de acúmulo de água, responsáveis pelos criadouros de insetos.  


A segurança no entorno também foi reforçada, com instalação de novas cercas e contratação de vigilantes 24 horas.  


Destino  


De acordo com a Macuco, o laudo deve ser finalizado nos próximos meses. Somente com a conclusão do levantamento, a empresa vai definir pela continuidade ou não do empreendimento original.  


A Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi) de Santos afirma que não há pedido de mudança de proprietários e nem de alteração de projeto. “As providências para o local, onde estava sendo construído o Riviera Residence Service, ainda estão sendo tratadas como obra paralisada”, cita, em nota.  


Histórico 


Com as obras iniciadas em 2009, o empreendimento era da Riviera Santos Empreendimentos Imobiliários. As intervenções foram interrompidas no ano seguinte com a falência da empresa. “Caso a Riviera não pague os valores devidos, vamos pedir a penhora dos bens da empresa ou dos seus representantes legais”, diz o advogado Maurício Cury, representante de 15 compradores do imóvel na planta. A defesa da Riviera não foi localizada para comentar. 


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