‘Já estou com minha família, mas muitos brasileiros ainda ficaram’, diz santista que estava no Peru

Rhanna Martins Franco conseguiu um voo de repatriação para o Brasil após cinco meses de espera

Por: Por ATribuna.com.br  -  26/08/20  -  23:40
Rhanna fazia parte de um grupo de quase 200 brasileiros impedidos de deixar país vizinho
Rhanna fazia parte de um grupo de quase 200 brasileiros impedidos de deixar país vizinho   Foto: Arquivo Pessoal

O reencontro com os familiares ainda no aeroporto internacional de Guarulhos, nesta quarta-feira (25), era o que faltava para a professora santista Rhanna Martins Franco, de 22 anos, colocar fim em um pesadelo. Ela e o namorado, Lucas Estanislau de Lima, 26 anos, conseguiram embarcar em voo de repatriação de Lima, no Peru, para o Brasil na noite de terça (25). “Já estou com minha família, mas muitos ainda ficaram por lá”, diz a jovem. 


O casal fazia parte de um grupo de brasileiros retidos no país vizinho, após o fechamento das fronteiras para conter a escalada do novo coronavírus. A cruzada pessoal na qual ela enfrentou começou no começo do ano quando embarcou para o Peru em intercâmbio que tinha previsão inicial de término para julho. 


Contudo, em 16 de março, o Peru fechou as fronteiras por tempo indeterminado, como medida para combater a transmissão do novo coronavírus no país. Ela e cerca de outros 200 brasileiros foram pegos de surpresa com a decisão.  


Começava ali um pesadelo interminável. Situação que a professora santista descreveu como desesperadora. E, em meio a maratona para tentar o regresso ao país, em um voos humanitários negociados pelo Itamaraty,  Rhanna e o namorado contraíam Covid-19. 


Grupo de brasleiros no aguardo do voo em Lima de retorno ao País
Grupo de brasleiros no aguardo do voo em Lima de retorno ao País   Foto: Arquivo Pessoal

Um novo capítulo, contudo, começou a ser escrito em uma publicação da Embaixada do Brasil, nas redes sociais, informando um voo Lima-Guarulhos para o dia 25 de agosto. “Tudo correu bem e foi um embarque rápido, organizado. Chegamos no horário previsto, apesar de a aeronave estar lotada”, diz.  


Apesar das dificuldades, Rhanna destaca que período que ficou no país vizinho foi aprendizado. "Percebemos como nossa família e amigos se importam com a gente, damos mais valor a cada abraço e a cada sorriso”, diz. 


A professora santista destaca, contudo, que outros brasileiros ainda aguardam oportunidade de regresso ao País. Para isso, uma campanha virtual tenta angariar fundos para a aquisição das passagens de retorno ao País. 


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