O reencontro com os familiares ainda no aeroporto internacional de Guarulhos, nesta quarta-feira (25), era o que faltava para a professora santista Rhanna Martins Franco, de 22 anos, colocar fim em um pesadelo. Ela e o namorado, Lucas Estanislau de Lima, 26 anos, conseguiram embarcar em voo de repatriação de Lima, no Peru, para o Brasil na noite de terça (25). “Já estou com minha família, mas muitos ainda ficaram por lá”, diz a jovem.
O casal fazia parte de um grupo de brasileiros retidos no país vizinho, após o fechamento das fronteiras para conter a escalada do novo coronavírus. A cruzada pessoal na qual ela enfrentou começou no começo do ano quando embarcou para o Peru em intercâmbio que tinha previsão inicial de término para julho.
Contudo, em 16 de março, o Peru fechou as fronteiras por tempo indeterminado, como medida para combater a transmissão do novo coronavírus no país. Ela e cerca de outros 200 brasileiros foram pegos de surpresa com a decisão.
Começava ali um pesadelo interminável. Situação que a professora santista descreveu como desesperadora. E, em meio a maratona para tentar o regresso ao país, em um voos humanitários negociados pelo Itamaraty, Rhanna e o namorado contraíam Covid-19.
Um novo capítulo, contudo, começou a ser escrito em uma publicação da Embaixada do Brasil, nas redes sociais, informando um voo Lima-Guarulhos para o dia 25 de agosto. “Tudo correu bem e foi um embarque rápido, organizado. Chegamos no horário previsto, apesar de a aeronave estar lotada”, diz.
Apesar das dificuldades, Rhanna destaca que período que ficou no país vizinho foi aprendizado. "Percebemos como nossa família e amigos se importam com a gente, damos mais valor a cada abraço e a cada sorriso”, diz.
A professora santista destaca, contudo, que outros brasileiros ainda aguardam oportunidade de regresso ao País. Para isso, uma campanha virtual tenta angariar fundos para a aquisição das passagens de retorno ao País.