Gratidão e orações em homenagem a Santa Edwiges

Fiéis marcaram presença na Capela de Santa Edwiges, no Boqueirão, em Santos, para celebrar a data dedicada à padroeira dos pobres e endividados. 

De máscara, com medição de temperatura e álcool em gel na porta da capelinha do Canal 3, o público – a maioria, idosas – rezou e garantiu fotos ao lado da imagem, que seguiria em carreata à noite. 

Foi o que fez a aposentada Lúcia Helena, de 62 anos, moradora do Embaré. Ela conta que sua mãe era devota de Santa Edwiges, e assim foi com toda sua família. Lúcia segue a tradição. “Estou sempre aqui, ao menos uma vez por mês. Sigo mantendo a tradição, gosto de ajudar, faço doações. É importante não só pensar em pedidos, mas agradecer e ajudar o próximo”, afirma. 

O casal Felipe e Gerson Terriano Cechelo, de 59 e 28 anos, veio de Itanhaém para celebrar a data. Eles são devotos há muito tempo. Gerson, por sinal, desde os seus 12 anos. “Lembro-me bem de, pequeno, já estar acostumado com ela”, conta.

Eles vieram para agradecer e pedir mais amor, respeito, paz. “Tivemos uma grande graça, há muito tempo, quando ficamos sem emprego e buscamos sua ajuda. Fomos ouvidos. Por isso, até hoje somos gratos”, conta Felipe.

História

Nascida em 1174, na Alemanha, Edwiges foi uma mulher da nobreza. Casou-se com o duque Henrique I da Silésia, na Polônia, e tornou-se duquesa, mas sempre mostrou sua vocação ao próximo e à caridade.

Uma de suas características era a dedicação aos pobres e endividados. Ela praticamente renunciou aos privilégios da nobreza. Ao contrário de outras santas, ela não foi freira. Casou-se, teve filhos e pôs sua vida a serviço do povo.

Ajudou nas relações entre Estado e Igreja. Fundou hospitais, colégios, igrejas, pagava dívidas de pessoas, visitava e levava comida e roupas para os doentes nos hospitais. 

Edwiges morreu em 1243, aos 69 anos. Foi canonizada em 1267 pelo papa Clemente IV.