Grafiteiros criam murais gigantescos em São Vicente e encantam os moradores

O projeto ‘Fauna e Flora’ dos artistas Nill, Victor Lafayett, Renata Louzada e Peu busca exaltar e resgatar a memória cultural vicentina

Por: Jordana Langella  -  18/02/21  -  18:41
  Foto: Jordana Langella/ AT

Quatro grafiteiros da Baixada Santista, Nil, Victor Lafayett, Renata Louzada e Peu estão levando cor, cultura e arte para as ruas de São Vicente. O grupo de artistas idealizou o projeto ‘Fauna e Flora’, um mural de 140 metros quadrados, localizado na Rua da Constituição, próximo da estação Itararé do VLT, com o objetivo de ressaltar as características e símbolos vicentinos, como Emissário, origem indígena, Ilha Porchat, entre outros.


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Segundo Nill, o mais experiente da turma, que trabalha há mais de 20 anos com arte urbana, a ideia da nova obra é enaltecer São Vicente. “O mural ‘Fauna e Flora’ faz parte de um projeto que eu desenvolvo para ocupar os lugares de grande passagem de pessoas com murais que valorizem a cidade”.


  Foto: Jordana Langella/ AT

Já para o Victor Lafayett, também grafiteiro, além de trazer os elementos que fazem parte da cultura vicentina, a nova obra também busca preservar a memória da cidade. E este objetivo deu certo, já que os moradores do Itararé, quando perguntados sobre a novidade de arte, prontamente identificaram pontos e referências da região, como é o caso da dona de casa Márcia Bispo, moradora de São Vicente há 50 anos e que gostou especialmente do retrato do Emissário, um cartão postal vicentino.



Contudo, além da valorização do município, os artistas acreditam que a arte de rua, que rompe as barreiras de galerias e chega a toda população, tem a capacidade de transformação e conexão. Para Nil, é uma ferramenta que aguça o pensamento crítico. “A gente vive no ‘automático’ desde o dia que a gente nasce. São poucas as pessoas que entendem que a vida não se resume apenas ao cotidiano. Vivemos do nosso suor [do trabalho] todo mundo que passa aqui de VLT, então é bom passar a arte de trabalhador para trabalhador, a arte de pessoas comuns para pessoas comuns, é o fantástico [encontro] do comum.”


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