Governador João Doria sugere hotel escola de luxo no antigo Escolástica Rosa, em Santos

Com investimento privado, local também abrigaria comércio, eventos e fins múltiplos

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  28/09/19  -  16:12
  Foto: Rogério Soares/AT

Um hotel escola de luxo, voltado à formação de mão de obra especializada para turismo, alta gastronomia e restauração de imóveis históricos. E, também, espaço para eventos empresariais, com o uso das áreas internas para atividades comerciais e fins múltiplos. Esse pode ser o destino do casarão que abrigou o colégio Escolástica Rosa, na Aparecida, em Santos. 


Os planos foram defendidos pelo governador João Doria (PSDB), em encontro com a deputada federal Rosana Valle (PSB), no final da tarde de quinta-feira (26), em São Paulo. A recuperação do espaço, fechado desde o final do ano passado, teria apenas verba privada, obtida com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide), recém-instalado em Santos.


Em contrapartida, os empresários fariam a exploração comercial do imóvel, com a oferta de cursos profissionalizantes a jovens carentes e pagando aluguel para a Santa Casa de Santos (dona do imóvel). De acordo com a deputada, a proposta do governador surgiu após apresentação de documentos e fotos do local, que ele avaliou como de “muito potencial” para novos negócios, devido à localização.


“Uma sugestão inovadora que apresentamos é que ali seja uma opção para um hotel de luxo e predestinado a eventos. Isso geraria boas condições econômicas para a cidade de Santos. (A recuperação do imóvel seria) Com capital privado, sem a necessidade de investimentos do Poder Público”, afirma o governador, em vídeo divulgado pela parlamentar.


Para Rosana Valle, a alternativa pode solucionar o futuro do imóvel.


A deputada destaca que a inclusão de atividades de ensino cumpre o que consta no testamento de João Octávio dos Santos, que doou o terreno e outros imóveis à Santa Casa para ajudar no custeio de um centro para formação de jovens.


Tradição e planos


Sede da primeira escola profissionalizante do País, teve contrato de locação com Estado encerrado em 2018. Até então, abrigava uma Escola Técnica (Etec) e uma Faculdade de Tecnologia (Fatec) estaduais.


A Santa Casa pediu para rescindir o contrato após o Ministério Público do Trabalho (MPT) exigir que as atividades fossem paralisadas devido ao mau estado do imóvel. Desde março, Etec e Fatec funcionam no Centro.


O provedor da Santa Casa, Ariovaldo Feliciano, disse estar aberto a “conversar com o governador” a fim de encontrar uma solução para o imóvel.


A instituição filantrópica também tem planos de transformar o espaço em centro educacional e cultural, após reforma. Para isso, buscaria parceiros para o custeio da iniciativa.


Há 111 anos


Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o prédio foi inaugurado em 1º de janeiro de 1908 para abrigar e educar meninos pobres e órfãos.


A destinação foi exigida por João Octávio dos Santos, que ficou rico como comerciante. Em 1931, o Governo do Estado assumiu a escola, em cujo terreno, de 7 mil metros quadrados, está instalada a Capela Dom Bosco. 


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