Sem emprego e com o auxílio cortado pela prefeitura, a família de Sophia Lima, de apenas seis anos, luta para dar condições de vida à garota, que tem cardiopatia congênita e autismo. A mãe, Roberta Felisberto, que é aposentada pelo INSS, conta que precisa de ajuda, já que com o pouco dinheiro que tem, paga o aluguel da casa onde vivem.
Com a pandemia, vieram ainda mais dificuldades. O marido de Roberta está desempregado há dois anos, e por isso, a única fonte de renda da família é o benefício da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), do INSS, que é destinado a pessoas com deficiência e idosos.
“Eu preciso de ajuda, pois com o Loas pago aluguel e luz. Agora, o pai dela está desempregado, por isso nessa pandemia estamos pedindo ajuda. Precisamos de cesta básica e fraldas. Eu vou na feira pegar sobras e às vezes faço coleta de doações”, conta Roberta.
Neste mês de dezembro, a família receberá, pela última vez, o benefício concedido pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), da Prefeitura de Santos. “Eu estava cadastrada no Rádio Clube e eu recebia o auxílio do Cras todo mês certinho, me ajudaram bastante. Agora que me mudei para o bairro Areia Branca, fui mal atendida e disseram que a preferência era para o pessoal do morro. Eu disse que minha filha também precisava, por ser especial, e a moça disse que não podia fazer nada”.
A mãe conta que, quando Sophia nasceu, ela soube a respeito da doença cardíaca da filha, e com o desenvolvimento, veio a notícia de que ela tinha autismo. “Ela não fala e não anda, então precisa de uma vaga em escola para crianças especiais e também consultas com neurologista infantil”.
Interessados em fazer doações de leite, fraldas e mantimentos podem entregar na Rua Francisco Lourenço Gomes Júnior, nº 217, Areia Branca, em Santos. Os telefones para contato são(13) 99210-1641 ou (13) 2191-1637.
Procurada por ATribuna.com.br, a Prefeitura de Santos solicitou que a munícipe entre em contato com a chefia do Cras para que a situação seja esclarecida.