Falhas no sistema do Detran.SP trazem dor de cabeça e prejuízo para motoristas em Santos

Site do órgão tem sido o único caminho para quem precisa resolver pendências de trânsito em São Paulo

Por: Da Redação  -  05/06/20  -  14:01
Claudia mostra documentos e vaga vazia porque teve o carro apreendido. Ele permanece no pátio da CET
Claudia mostra documentos e vaga vazia porque teve o carro apreendido. Ele permanece no pátio da CET   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Sem atendimento presencial, já que as unidades do Detran.SP estão fechadas devido à pandemia do novo coronavírus, o site do órgão tem sido o único caminho para quem precisa resolver pendências de trânsito em São Paulo. Porém, falhas no sistema têm trazido dor de cabeça e prejuízo para motoristas. 


A professora de ioga Cláudia Busto, de 38 anos, moradora de Santos, teve o veículo parado pela Polícia Militar, no último dia 28, após um radar inteligente apontar débitos a serem pagos (licenciamento, IPVA e multas de trânsito). 


Ela entregou o carro, que foi levado ao pátio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), e acionou um despachante. No dia seguinte, pagou as dívidas que constavam no site do Detran.SP. Mas, até quinta-feira (4), o órgão paulista não emitia a liberação do veículo, o que impedia a professora de retirar o carro do pátio santista.


“Em uma situação normal, sem pandemia, você quita os débitos e a liberação é emitida na hora. A partir do momento em que essas instituições se sentem no direito de exigir do cidadão seus deveres, eles deveriam estar aptas a atenderem a população para que ela exerça seus deveres e tenha seus direitos atendidos”, reclama Cláudia.


Mais problemas


Na última quarta-feira (3), foram descobertas duas novas multas que não apareciam no sistema do Estado nem na rede bancária, mas impediam a liberação do carro, conta a professora.


 “O despachante que descobriu e já paguei também. A questão é: eles não me davam a informação completa para eu poder quitar tudo e continuo sem o veículo e com mais diárias para pagar”.


Com isso, já são oito dias com o veículo apreendido, sete dias do pagamento dos débitos e seis diárias no pátio, no valor de R$ 49,34 cada.


Respostas


A CET-Santos alega, em nota, que só pode autorizar a retirada do veículo após a liberação do Governo do Estado, uma vez que o carro foi guinchado por falta de licenciamento.


Já o Detran.SP, em e-mail enviado às 18h31 para A Tribuna, informou que o caso de Cláudia foi resolvido e ela pode retirar o veículo do pátio da CET-Santos.


O órgão esclareceu que o prazo para resposta sobre liberação de veículos é de dois dias úteis. Contudo, nada foi citado sobre as queixas da professora sobre débitos que não apareciam no sistema do órgão.


Logo A Tribuna
Newsletter