Estado anuncia novo convênio para o Hospital dos Estivadores

Estabelecimento vai receber repasse de R$ 54 milhões por um ano

Por: Maurício Martins & Da Redação &  -  19/03/19  -  13:40
  Foto: Alexsander Ferraz / AT

O Governo do Estado vai assinar esta semana convênio com a Prefeitura de Santos para repasse de R$ 54 milhões ao Hospital dos Estivadores. O valor, para ajudar no custeio da unidade em 2019, virá em parcelas mensais de R$ 4,5 milhões, retroativas a janeiro. A informação foi dada ontem com exclusividade para A Tribuna pelo secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann Ferreira.


No mês passado, o Estado cancelou o convênio que previa R$ 99,7 milhões para o Estivadores este ano. O hospital corria risco de ser fechado. O repasse havia sido assinado pelo ex-governador Márcio França (PSB).


Ferreira afirma que R$ 4,5 milhões ao mês já representam um grande esforço para as finanças estaduais, além de um aumento no custeio mensal de 2018, que ficou em torno de R$ 3,8 milhões. Assim, as atuais atividades estão mantidas até dezembro. “O hospital é extremamente importante, não haveria como abrir mão dos serviços que ele presta na Baixada Santista”, diz o secretário de Estado.


Ele diz que não havia previsão orçamentária para o que foi prometido por França.“No futuro, vamos trabalhar em conjunto com a Prefeitura no sentido de viabilizar soluções para atender as necessidades dos pacientes”.


Super Lotação


O secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, informou que o Estivadores está operando acima da capacidade, com 36 mulheres e 18 bebês internados, sem condições de receber novos pacientes. A orientação é para que gestantes procurem a Maternidade Silvério Fontes ou o Hospital Estadual Guilherme Álvaro (HGA).


O secretário negou informações sobre fechamento de leitos por falta de dinheiro e afirmou que ainda há verba suficiente para funcionamento normal até o fim de março. Atribuiu a superlotação ao aumento da procura de pacientes de Praia Grande, “decorrente do fechamento temporário do centro cirúrgico do Hospital Irmã Dulce”.


Líder do Governo na Câmara Municipal, o vereador Adilson Júnior (PTB), porém, disse ontem na sessão do Legislativo que “duas alas foram fechadas” no hospital, que “pessoas já foram informadas sobre seu desligamento” e que outras “receberam comunicado de atraso nos salários”.


Praia Grande


A direção do Irmã Dulce afirma que está trabalhando para normalizar o sistema de ar-condicionado e que não houve interrupção dos serviços na maternidade. “Cesáreas, cirurgias de emergência e partos continuam sendo realizados normalmente”.


Importância


“O hospital é extremamente importante, não haveria como abrir mão dos serviços que ele presta na Baixada Santista. Vamos trabalhar em conjunto com a Prefeitura”, disse José Henrique Germann Ferreira Secretário estadual de Saúde.


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