Escola Acácio permanece abandonada e sem futuro em Santos

Estado prometeu uma Etec, mas falta de recursos impossibilitou as obras do prédio

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  16/07/19  -  23:43
Pedestres e comerciantes criticam a falta de manutenção, mau cheiro e falta de segurança
Pedestres e comerciantes criticam a falta de manutenção, mau cheiro e falta de segurança   Foto: Irandy Ribas/AT

O futuro do prédio em que funcionava a escola Acácio de Paula Leite Sampaio, na Vila Nova, em Santos, segue um mistério, mesmo após o Centro Paula Souza (CPS) informar que não irá reforma-lo. O espaço seria transformado em Escola Técnica Estadual (Etec). A única certeza até aqui é que o imóvel continuará em deterioração, sujo e servindo de abrigo para moradores de rua e usuários de drogas.


A prefeitura cedeu o prédio ao estado em 2013, com a promessa de investimento de R$ 9 milhões e a entrega da Etec. Em 12 de abril deste ano, em audiência pública na Câmara dos Vereadores de Santos, o CPS informou não ter dinheiro para investir no espaço.


A Tribuna entrou em contato com o estado que, apesar de ser responsável pelo imóvel e a fonte dos recursos, indicou à Reportagem procurar o CPS, que não respondeu. A prefeitura decidiu não se pronunciar, pois este compete ao CPS. 
Há cinco anos, desde que passou a ser administrado pelo estado, o imóvel é frequentado apenas por seguranças de uma empresa terceirizada, além daqueles que buscam abrigo sob as marquises do prédio.


Quem presidiu a última audiência pública foi a vereadora Audrey Kleys (PP). Ela lamentou a situação do edifício e disse buscar solução ao problema. Nova reunião ocorrerá no segundo semestre deste ano, provavelmente em setembro.
“É dinheiro público perdido. Triste demais. Vemos um jogo de empurra e ninguém dá resposta”. 


Frentes de trabalho 


Diante do posicionamento do CPS na audiência, Audrey afirma trabalhar com duas possibilidades para o local: a criação de uma Etec das Artes ou um espaço de formação na área portuária - reunião com a Compahia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a autoridade portuária já foi realizada.


A primeira opção, segundo a vereadora, foi apresentada ao Governo de São Paulo pelo deputado estadual Kenny Mendes (PP) e é objeto de estudo. 


“Queremos de volta o compromisso na questão do restauro do prédio e a garantia do orçamento para 2020, uma vez que isso não foi feito pelo governo anterior”. 


Audrey informa que, no dia 28 de junho, esteve na Codesp com o deputado Kenny para a apresentar a proposta de um munícipe, da criação de uma parceria com empresas que possam ocupar o local com cursos.


“O presidente da Codesp não sabia do prédio e ficou interessado. Mas, é claro, entra em uma fase de estudo, sobre como, e se é possível a Autoridade Portuária abraçar a ideia, além de identificar o que poderia ser instalado ali”.


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