Entrada de Santos terá bloqueios a partir deste fim de semana

Interrupções pontuais no fluxo ocorrerão entre a Via Anchieta e o Centro da cidade

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  11/09/19  -  00:39
Prefeitura deve elaborar, até quinta feira, plano para rotas alternativas
Prefeitura deve elaborar, até quinta feira, plano para rotas alternativas   Foto: Carlos Nogueira/ AT

Com pouco mais de 60% das intervenções concluídas, a remodelação viária da entrada de Santos avança para a fase que provocará maior impacto ao fluxo de veículos. A partir deste fim de semana, terão início interrupções pontuais no fluxo entre a Via Anchieta e o Centro da cidade.  


A interdição do acesso viário é necessária para a instalação das estruturas de sustentação do viaduto que ligará as avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima. A medida foi anunciada pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e pelo gestor do projeto, Wagner Ramos, durante transmissão ao vivo no Facebook, na sexta-feira passada.  


Na ocasião, Barbosa afirmou que a interdição no trecho final da Via Anchieta terá início no sábado (14) e será necessário, também, estendê-la aos próximos fins de semana.


“Não seria viável executar uma obra como essa sem ter impactos”, declarou Paulo Barbosa.


A menos de cinco dias do começo do bloqueio, a prefeitura afirma que ainda está em fase de elaboração um plano emergencial e de rotas alternativas ao fluxo de veículos que chegarem à Cidade durante a vigência da interrupção. 


A administração espera terminá-lo até quinta-feira (12). Alega que a interdição ocorrerá em horários específicos, conforme a evolução das frentes de trabalho no local.  


Durante a transmissão pela internet, entretanto, Wagner Ramos afirmou que o fluxo naquele trecho ficaria interrompido entre este sábado (14) e as 17h de segunda-feira (16). O local voltaria a ser fechado no fim de semana seguinte. 


“Escolhemos fazer nos finais de semana e à noite para minimizar os impactos, mas eles vão existir”, destacou o prefeito.  


Mudança 


Durante a vigência da medida, os motoristas oriundos da Via Anchieta em direção a Santos deverão acessar o viaduto da Alemoa e utilizar a avenida Augusto Barata (Portuária). Outra rota permitida será a marginal da rodovia até a altura da Rua Ana Santos, que terá um desvio para a Avenida Nossa Senhora de Fátima.  


Os veículos em direção à Capital ou a São Vicente usarão os atuais desvios existentes na pista.  


Obra 


Ramos explicou que a interdição no fluxo de veículos ocorrerá por questão de segurança dos trabalhadores e motoristas. O bloqueio permanecerá durante a instalação das estruturas metálicas de suporte das formas do futuro viaduto. Também para a colocação de um “pórtico de sacrifício”, responsável por proteger parte de concreto do equipamento.  


Após a instalação das formas, começará a concretagem da pista elevada. Ela tem como diferencial seu formato em curva, por causa do qual cada trecho tem um ângulo diferente, o que impede o uso de materiais pré-moldados na construção.  


A implantação do viaduto é aposta da prefeitura para eliminar o nó logístico da entrada da cidade. A expectativa é de ganhos no trânsito com a eliminação do conjunto de semáforos que existe hoje no cruzamento. O acesso deve ser concluído em julho do próximo ano. 


Ponte sobre Rio São Jorge custará R$ 8,3 mi a mais 


A prefeitura pagará R$ 8,3 milhões a mais pela construção da ponte sobre o Rio São Jorge. Uma alteração do contrato com a construtora Queiroz Galvão, referente à quarta etapa das obras da nova entrada da cidade, foi publicada nesta segunda-feira (9) no Diário Oficial do Município.  


A correção representa 10,2% do valor total dos serviços, avaliados em R$ 81,4 milhões. O máximo permitido por lei seria de 25% do contrato. A elevação no custo se deve ao aumento do canteiro de obras e ao volume de intervenções.


Segundo a prefeitura, a dragagem do Rio São Jorge gerou quantidade de material maior do que a previsto no projeto. Com isso, “foi necessário o acondicionamento dos resíduos em bags, para posteriormente serem destinados ao aterro sanitário”. Outro agravante foi a retirada de vegetação além da esperada para a obra no sentido Via Anchieta–Zona Noroeste.  


O município cita a necessidade de vistorias para garantir a integridade das residências no entorno da obra, com elaboração de laudos que servirão para identificar se a intervenção terá causado algum dano na estrutura dos imóveis.  


“Somam-se a essa lista de alterações o pátio de vigas, que inicialmente ocuparia área de propriedade da prefeitura e precisou passar para a margem norte”, continua o comunicado. Esta alteração decorre das obras da Avenida Beira-Rio, que atrasaram o cronograma inicial devido a ações impetradas por empresas concorrentes na licitação.  


Ainda segundo a prefeitura, contribuiu para elevar o valor da obra o planejamento do desvio de tráfego da marginal da Anchieta para permitir a execução de um ramo de acesso à ponte, no desvio na área do Bigode (São Manoel), para atender condições impostas pela concessionária Ecovias e aprovadas pela Agência de Transporte do Estado (Artesp).  


O município destaca que “os aditivos foram amplamente discutidos pela equipe técnica da Prefeitura e analisados pela gerência técnica da Caixa Econômica Federal, que fiscaliza os procedimentos e audita os pagamentos”. 


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