Empresários cobram ações da Prefeitura de Santos para preservar negócios

Cidade está seguindo a quarentena determinada pelo Governo Estadual. Contudo, para comerciantes, administração municipal poderia oferecer benefícios

Por: Matheus Müller  -  15/05/20  -  11:13
Cidade está seguindo a quarentena determinada pelo Governo Estadual
Cidade está seguindo a quarentena determinada pelo Governo Estadual   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Empresários e comerciantes de Santos não sabem por quanto tempo conseguirão manter atividades em meio à pandemia de coronavírus e ao que dizem ser falta de suporte da Prefeitura. Para a maioria, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) fez promessas ao setor, mas nenhuma ação efetiva, como prorrogação, parcelamento ou isenção de taxas e impostos.


Em resposta para A Tribuna, o Município indicou que “a forma e a intensidade” do plano de recuperação discutido com empresários “depende de como a doença vai se comportar na Cidade e na região e a estrutura de apoio existente, como leitos disponíveis para o atendimento das pessoas”.


“O prefeito só está na conversa, de que vai fazer, que tem um pacote, mas é só promessa. Daqui a pouco vamos mudar o nome dele para prefeito promessinha”, criticou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas Praia (CDL-Praia), Nicolau Obeidi. 


Ele aponta que já foram realizadas três reuniões com Barbosa, e nada. A última, marcada para sexta-feira passada, foi cancelada.


O presidente da CDL-Centro, Camilo Rey Andújar, vê muitas empresas fechando – a Prefeitura, porém, diz não ter constatado o “encerramento definitivo de atividades empresariais”. Ele lamenta a pandemia e nenhuma ação por comerciantes. Pensa que a Prefeitura poderia aliviar cobranças e, assim, ajudar a manter lojas e empregos. 


Mesma visão tem o presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), Mauro Sammarco. Para ele, devido ao fechamento das empresas, o apoio do Poder Público se faz necessário para a sobrevivência destas, garantindo a manutenção de empregos e renda. 


“Entendemos que a Prefeitura de Santos está sofrendo os impactos das perdas de arrecadação, mas essa deve se amparar no auxílio dos governos Estadual e Federal. Com isso, a Prefeitura deve suspender as cobranças de IPTU e Taxa de Licença referentes ao período de isolamento, parcelando o pagamento após a retomada das atividades”, diz.


O presidente da ACS também defende, neste período de pandemia, a redução da alíquota do Imposto sobre Serviços (ISS) a 2%, o menor índice permitido.


Medidas, só da União


Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, Omar Abdul Assaf, a região está carente de ações efetivas em favor dos comerciantes.


São Vicente, porém, apresentou medidas como prorrogação do pagamento do ISS e de tributos já lançados sem multas e juros, além da isenção do IPTU, já renovada para 2021. 


Assaf ressalta que muitos criticam o Governo Federal, mas foi este quem “liberou dinheiro de empréstimo para pagar salário, prorrogou (isto é, suspendeu o depósito) por três meses Fundo de Garantia (FGTS), INSS, PIS e Cofins, adiou a entrega do Imposto de Renda para junho”. Quanto à Prefeitura, diz ele, “aqui, estamos escutando que vão estudar, que vão ver. É muito triste isso”.


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