Passar horas à procura do livro ideal entre tantas opções da prateleira, folhear páginas de uma obra, sentir o cheiro de capa nova e pedir indicações literárias, certamente são experiências que despertam saudades entre pessoas apaixonadas pela leitura. Por isso, a tradicional Livraria Realejo de Santos, com 20 anos de existência, localizada no Gonzaga, criou um clube do livro para incentivar a proximidade entre leitores e livreiro durante a pandemia.
A equipe de ATribuna.com.brentrevistou o proprietário José Luiz Tahan sobre essa iniciativa que estimula a troca de opinião e informações, por meio da conexão entre literatura, artes visuais, música e audiovisual. Confira os detalhes na videorreportagem acima.
De acordo com José Luiz, a ideia criada por ele tem o objetivo de valorizar a figura do livreiro, o qual normalmente detém uma infinidade de conhecimento sobre títulos, narrativas e escritores, e, consequentemente, costuma dar ótimas dicas literárias, de acordo com o perfil do cliente.
Porém, durante a pandemia, a figura desse profissional foi ofuscada pelo fechamento e horários restritos de comércios, de modo que ficou sozinho entre tantos livros ou ‘enjaulado’, como diz Tahan. Para ele, a ideia do projeto é levar uma curadoria feita com sensibilidade e zelo para as pessoas, em um momento onde há falta de contato físico e afeto.
Apaixonado por livros e possibilidades de suas histórias, a cada mês, os assinantes do Clube Realejo recebem em casa uma caixa com livro surpresa, vídeo comentado sobre a obra com escritor ou editor, playlist temática, ilustração feita por José Luiz e marcadores de página.
Para o criador da iniciativa, o kit da livraria não é apenas uma experiência literária, mas sensorial. “A pessoa vai ter informações exclusivas dadas pelo autor; a ilustração para pensar no desenho, na arte; as canções e a obra, que é a grande estrela do mês”.
Ademais, é uma forma de valorizar hábitos antigos, como uma boa conversa recheada de ideias e trocas, antes de simplesmente pagar por um livro, cuja resenha foi lida apenas na internet. Para Tahan, o projeto fortalece e defende tanto o livreiro como as livrarias. “É muito bonito oferecer um clube [do livro], a partir de uma livraria de rua”.
Serviço:
Clube Realejo