Em 1998, presença de Diego Maradona dobrou o público do carnaval de Santos
Craque do futebol mundial, que faleceu nesta quarta-feira (25), tem bons momentos registrados na Baixada Santista
Atualizado em 26/11/20 - 11:13
Em 1998, Maradona esteve em Santos para participar de uma banda de Carnaval, convidado por um amigo da organização do evento. O bloco carnavalesco foi realizado pelos proprietários do bar Barril 2000, que ficava na Ponta da Praia e tinha o ex-atacante Serginho Chulapa como frequentador assíduo.
Em contato com a Reportagem, Chulapa relembra que a presença de Maradona dobrou a quantidade de pessoas no bloco, que, inicialmente, tinha a ex-jogadora de vôlei Ida como principal homenageada.
“Quando nós decidimos os detalhes finais do desfile da banda, o Marcolleti, um amigo em comum que tínhamos com Maradona, avisou que o traria para a festa. E trouxe. Lembro que aquele dia foi sensacional.
O Maradona subiu no trio elétrico, dançou e ficou até o final. Esperávamos cerca de 5 mil pessoas e, no final das contas, por causa do Maradona, tivemos aproximadamente 10 mil. Fizemos a homenagem para a Ida, mas aproveitamos e homenageamos ele também”, lembra Chulapa, que soube da morte do astro argentino pela Reportagem.
O encontro na banda carnavalesca não foi o primeiro entre Chulapa e Maradona. Profissionalmente, eles se enfrentaram uma vez. Porém, não foi um jogo qualquer. Foi no estádio de la Carretera de Sarriá, em Barcelona, na Espanha, pela segunda fase da Copa do Mundo de 1982.
O Brasil venceu por 3 a 1 e eliminou a Argentina. Chulapa, inclusive, marcou um dos gols brasileiros. “Ali foi a primeira vez que nos encontramos, mas naquele dia não teve conversa. Durante um Brasil e Argentina não dá para ter conversa”, diz.
Posteriormente, os dois voltaram a se encontrar durante uma festa organizada pelo ex-atacante Careca, companheiro de Maradona no Napoli, da Itália, e de Chulapa na Seleção Brasileira. “O Careca fez uma festa no CT dele, em Campinas, na década de 90, e convidou vários ex-jogadores. Foi a primeira vez que conversamos. Ele era um cara divertido e falava com todo mundo. Nessas poucas oportunidades em que estivemos juntos, pudemos tomar uma cerveja e nos divertir”, disse Chulapa, antes de lamentar o falecimento de Maradona.
“Partiu muito novo. 60 anos. Algo muito ruim. Foi um excepcional jogador. É uma grande perda. Infelizmente, ele fez muito mal a ele mesmo”, completou.
