Diretor da Amazon no Brasil dá dicas a quem quer trilhar o caminho da computação

Para o profissional, o grande segredo é fazer a tecnologia mais complexa e avançada ser útil e simples ao usuário

Por: Nathália de Alcantara & Da Redação &  -  25/10/19  -  01:35
Paulo Cunha veio a Santos para a 5ª Semana Municipal de Ciência e Tecnologia
Paulo Cunha veio a Santos para a 5ª Semana Municipal de Ciência e Tecnologia   Foto: Sílvio Luiz/ AT

Já foi o tempo em que tecnologia era um terreno exclusivo dos cientistas. Hoje, o universitário que quer fazer a diferença também pode ser a pessoa certa para trilhar um caminho de sucesso nesse setor. Quem dá a dica é o diretor nacional para o setor público da Amazon Web Services (AWS), Paulo Cunha. 


PaCu, como gosta de ser chamado, veio a Santos para a 5ª Semana Municipal de Ciência e Tecnologia. E, a pedido de A Tribuna, deu dicas para os jovens que desejam investir em computação em nuvem. 


“A nossa empresa procura pelo oceano azul quem gosta de criar e aceita a falha como parte do processo. Mas, e você? Você é capaz de promover alguém que falhou? O grande ponto é aprender com as falhas. Elas trazem aprendizados”. 


Ele conta que um deles deu origem a Alexa, importante assistente virtual inteligente da Amazon. Segundo PaCu, a tentativa foi de lançar um smartphone chamado Fire Phone. 


“O investimento feito foi de US$ 150 milhões e não deu certo, mas nos trouxe a descoberta de algo ali que funciona muito bem: o mecanismo de reconhecimento de voz. Segundo estatísticas, a Alexa é o mais importante reconhecedor de voz auxiliar”, explica. 


Talentos 


Para o diretor da Amazon, o grande segredo é fazer a tecnologia mais complexa e avançada ser útil e simples ao usuário. Assim como ouvir o que os consumidores querem. 


“Nunca trabalhamos a curto prazo. Estamos sempre pensando no horizonte”, diz PaCu. Tanto que o Brasil foi a sexta região do mundo a receber um conjunto de data centers (centros de informação). “A Amazon enxergou um caminho bem importante aqui dentro”. 


Hoje, já são 22 regiões da Amazon no mundo e 600 mil funcionários. “O processo de inovação é tremendo, muito rápido mesmo. O que fazemos é transformar a TI (Tecnologia da Informação) adquirida em consumida. É investir em hardware ou software e disponibilizar para você na melhor qualidade, disponibilidade e segurança”. 


As mulheres também têm sido procuradas com destaque pela Amazon, explica o diretor da empresa. 


“É um mercado predominantemente de homens. E elas têm uma percepção diferente. É uma visão diferenciada”. 


Segundo PaCu, a tecnologia em nuvem deu certo justamente por ser diferente do conceito do computador. Nesse equipamento, paga-se no máximo em 12 parcelas para usar por até quatro anos. Já ao consumir tecnologia, paga-se exclusivamente pelo que se usa e pelo tempo que fica com ela. 


“Essa ideia tem sido um sucesso por não ser aquela em que se compra uma estrutura enorme para ficar 30 dias parada”. 


Talento 


E, segundo PaCu, se tem um investimento que sempre dará certo é o que se faz no talento humano.  


“Esse é o fator mais importante. A indústria de tecnologia é e sempre será totalmente dependente de talento humano. Isso porque são necessárias pessoas qualificadas para implementá-las”. 


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