Dia de festa e oração na Ilha Diana

Neste domingo (11), das 10h às 23h, uma série de atividades seguem movimentando a ilha

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  11/08/19  -  15:20
Os práticos típicos da ilha podem ser saboreados durante todo o dia
Os práticos típicos da ilha podem ser saboreados durante todo o dia   Foto: Carlos Nogueira/ AT

Distante 18 minutos, via barca, da Alfândega, no Centro de Santos, a Ilha Diana está em festa para louvar o Senhor Bom Jesus, padroeiro da região. Neste domingo (11), das 10h às 23h, uma série de atividades seguem movimentando a ilha. Tem missas na Capela do Bom Jesus, apresentações de samba e sertanejo, além de uma feira gastronômica, com o melhor da culinária caiçara. A barca é de graça.


Os pratos típicos da ilha, inclusive, são motivos de orgulho dos moradores. Todos têm algum envolvimento com a cozinha. Seja na pesca, no preparo das refeições ou na comercialização.


E não adianta querer descobrir receita. “O meu não dou dica. A receita é minha. Tem que vir aqui experimentar. Só abro o bar para pessoas mais conhecidas”. É dessa forma que a pescadora e artesã Norma Quirino de Souza, 67 anos, rebate meu pedido sobre o preparo do omelete de ostras.


Outros pratos bem populares são o arroz lambe-lambe, peixe azul-marinho, peixe seco com abóbora, camarão com chuchu, bolinho de taioba, pirão, paçoca com carne seca e pirão de banana verde.


Com cerca de 200 moradores, a ilha, no entanto, sofre com a expansão do porto e a possibilidade da Base Aérea de Santos virar um aeroporto comercial.


“Nós somos pescadores, saímos cedo para pescar. Hoje está um pouco fraco, tem algumas coisas proibidas. Antes, pescávamos siri, camarão, ostra, tudo aqui por perto, principalmente na frente da Ilha Barnabé. Mas ali não pode mais”, comenta Norma.


A moradora, que em seu tempo livre confecciona vasos decorativos com flores, teme também pelo desgaste do mangue. “Antes, ele ficava lá embaixo. Agora, já está aqui em cima. Quando as lanchinhas passam, puxam todo o mangue”.


O prefeito de Ilha Diana


Tido como um dos moradores mais antigos da ilha, Adriano da Silva Alves, de 76 anos, é chamado de prefeito pelos vizinhos. A explicação para o apelido vem dele próprio.


“Cuidei da plantação de várias áreas da ilha. Criei um caminho para a praia, onde o pessoal pode mergulhar no mar e fazer um piquenique. Aqui é um paraíso. Não pago aluguel, nem imposto. Só água e luz. Cuidamos de tudo na região”.


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