Dia da Consciência Negra é celebrado em Santos
Atos foram realizados nesta quarta-feira (20), na Praça Palmares, no bairro Macuco
A cerimônia de 334 anos da morte de Zumbi dos Palmares, herói afro-brasileiro, foi um ato de reflexão e resistência contra o preconceito e a intolerância, seja por cor de pele, classe social ou preferência religiosa. Os atos do Dia Nacional da Consciência Negra se concentraram, nesta quarta-feira (20), na Praça Palmares, no Macuco, em Santos, reunindo pessoas de toda a Baixada Santista.
Em caminhão de som, líderes comunitários e integrantes de movimentos sociais fizeram discursos inflamados de luta pela liberdade e igualdade racial. Da Praça Palmares, os participantes seguiram, às 16 horas, para a 3ª Marcha Metropolitana da Consciência Negra da Baixada Santista, até a Estação da Cidadania (Avenida Ana Costa, 340).
Representatividade
O presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, Ivo Miguel Evangelista Santos, lembra que os negros representam 55% da população. “Mas ainda há muito preconceito, precisamos avançar”.
Para o babalorixá Marcelo de Logum Ede, este é um momento de reflexão. “Vamos despertar na sociedade a importância de ter uma cultura de paz”.
Durante o dia
Teve capoeira com mestre Sombra, samba da Velha Guarda da X-9 e apresentações de maculelê, do Tienda Kumpania Romai, e de dança cigana, sob comando de Imar Lopes. E ainda dança dos orixás, com pai Marcelo, mãe Denise e mãe Deleda, e música com a banda de afoxé Oba Lafim, comandada por mestre Felipe. Tudo na Praça Palmares.
A Banda da Polícia Militar de Santos apresentou os hinos Nacional, de Santos e à Negritude. Também teve a habitual deposição de flores junto ao busto de Zumbi. À disposição do público, havia estandes de afroempreendedorismo e o projeto Leia Santos, da Secretaria Municipal de Cultura, além de barraca de acarajé, doces e artesanato. O evento é parte da programação promovida pela Prefeitura.
