Covid-19: Santos e Butantan tentam resolver questões burocráticas para iniciar terapia com plasma

O tratamento é voltado a pacientes imunossuprimidos, com comorbidades, idade superior a 60 anos e diagnóstico comprovado do coronavírus

Por: Da Redação  -  15/04/21  -  17:51
O procedimento aguarda a resolução de questões burocráticas para ser utilizado
O procedimento aguarda a resolução de questões burocráticas para ser utilizado   Foto: Pixabay e Carlos Nogueira/AT

A terapia que utiliza o plasma convalescente para tratar a covid-19 ainda não teve início em Santos. Anunciado em 26 de março, pelo Instituto Butantan, como um projeto piloto instalado no Município e em Araraquara, o procedimento aguarda a resolução de questões burocráticas para ser utilizado.


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O tratamento é voltado a pacientes imunossuprimidos, com comorbidades, idade superior a 60 anos e diagnóstico comprovado de covid-19. Consiste na transfusão de plasma de pessoas que já foram infectadas pelo novo coronavírus e que, portanto, desenvolveram células de defesa.


O objetivo é transferir anticorpos ao paciente, permitindo que o organismo combata melhor a doença. Em Santos, será aplicada no Ambulatório Covid-19, montado no imóvel do Serviço de Atendimento Especializado, na Rua da Constituição, Vila Mathias.


De acordo com o médico e pesquisador do Butantan, Dante Langhi, atualmente, a terapia vem sendo utilizada em várias localidades no País, como em Manaus, e a hemorrede organizada pelo Butantan já distribuiu 400 unidades de plasma.
Langhi explica que existe um protocolo médico que organiza a utilização da terapia e ele deve ser seguido pelas localidades que a aplicam. O Butantan oferece a retaguarda, até porque existe uma rastreabilidade do plasma. Segundo ele, em Santos, está tudo pronto para a aplicação e, inclusive, 30 unidades de plasma foram enviadas à Cidade.


Apesar disso, a Secretaria de Saúde do Município informa que terapia e coleta de sangue de doadores não foram iniciadas. “Aspectos legais e burocráticos estão sendo tratados com o Instituto Butantan para viabilizar os procedimentos em Santos”, afirmou a pasta, por meio de nota.


Conforme apurado pela Reportagem, uma das questões é em relação aos termos do documento que precisa ser assinado por pacientes que utilizam a terapia.


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Escolha

Na época do anúncio, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que a escolha de Santos e Araraquara ocorreu por conta da situação epidemiológica dos municípios que procuraram o Estado em busca de ajuda. “Araraquara foi um dos primeiros municípios do Estado a apresentar uma curva de casos explosiva. Posteriormente, Santos, que saiu de uma situação de relativo controle para uma explosão de casos. Fomos procurados e explicamos que tínhamos condição de ajudar, mas tínhamos que fazer um estudo piloto. Os dois prontamente se dispuseram”.


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