O prazo dado pela Justiça para que os Correios deixem o prédio que abriga seu centro de distribuição de encomendas no Santa Maria, Zona Noroeste de Santos, termina em 3 de maio. Apesar de o imóvel passar por obras e os funcionários trabalharem normalmente, é possível que a unidade deixe essa região.
Em fevereiro, a Defesa Civil de Santos vistoriou o local, identificou problemas estruturais no prédio e intimou o órgão a tomar providências. Em 7 de março, verificou o não cumprimento da maioria das medidas apontadas e encaminhou o relatório das vistorias ao Ministério Público do Trabalho, que pediu à Justiça a interdição do imóvel.
A juíza Graziela Conforti Tarpani concedeu liminar, dando cinco dias para queo imóvel fosse desativado. Após recurso dos Correios, estendeu o prazo.
Por nota, a estatal afirma que terá até 3 de maio para “desocupar ou fazer as reformas estruturais necessárias para o bom funcionamento do imóvel”, na Avenida Jovino de Melo.
Em conjunto com o dono prédio, os Correios estão fazendo os reparos determinados, mas a intenção seria deixar o imóvel. “Antes da primeira decisão judicial, os Correios já estavam à procura de um imóvel adequado às suas operações e que tivesse toda a documentação necessária exigida para locação de um órgão público”, diz.
A Reportagem apurou que funcionários já visitaram mais de 20 imóveis nos últimos meses. É possível que, se o centro de distribuição sair do atual prédio, não continue na Zona Noroeste, pois naquela localidade não haveria nenhum ponto com o perfil desejado. O problema dos Correios seria o alto valor pedido por proprietários de imóveis ao descobrir que o interesse é de um órgão federal.