Comerciante monta 'barricada' para evitar aglomeração de clientes dentro de loja em Santos

Atendimento é feito na calçada para evitar contágio por coronavírus

Por: Marcela Ferreira  -  21/03/20  -  19:27
Clientes são atendidos do lado de fora da loja, na calçada
Clientes são atendidos do lado de fora da loja, na calçada   Foto: Arquivo pessoal/Dario Jardim

Para evitar que clientes ficassem aglomerados dentro de seu comércio, Dario Jardim teve uma ideia: criar uma barreira para impedir o acesso, e atender aos clientes na calçada do estabelecimento.


O comerciante, que trabalha com três funcionários e sua irmã, que é sócia-proprietária, afirma que a medida é para prevenir o contágio pelo novo coronavírus (Covid-19). A forma de prevenção foi implantada neste sábado (21) pelo emrpesário e pela equipe.


A ideia, a princípio inusitada, é por zelo pelos clientes e funcionários, segundo Dario. “Nós estamos tomando medidas preventivas. A gente começou com um isolamento por meio de faixas no balcão, e hoje a gente decidiu restringir o acesso à loja. Os clientes aguardam do lado de fora e fazemos o atendimento à distância”, explica.


O comerciante diz que não há como evitar o contato na hora do pagamento, feito em dinheiro ou cartão, mas que a restrição de acesso ao estabelecimento é “um grande passo”. Ele ainda conta que alguns clientes não estão levando a pandemia a sério, e chegam a zombar da medida. Apesar disso, são minoria. “Tem gente que faz piada com a situação, estamos atendendo idosos, público que faz parte do grupo de risco, e eles não estão acreditando, não têm noção do tamanho do problema”.


Donos do comércio colocaram fita para isolar parte de dentro da loja
Donos do comércio colocaram fita para isolar parte de dentro da loja   Foto: Arquivo pessoal/Dario Jardim

O bloqueio, feito com uma espécie de barricada na porta da loja de materiais elétricos, hidráulicos e de reparos domésticos, chama a atenção de quem passa pelo local, próximo ao Canal 1. Dario conta que só não fechou as portas ainda, como fez a concorrência, porque não tem respaldo para pagar as contas.


“A gente mantém as portas abertas porque não tem respaldo nenhum do governo. Precisamos disso para o pagamento dos funcionários e dos impostos. Estamos tentando migrar para o atendimento não-presencial, por meio de aplicativos, porque a tendência é piorar”, desabafa.


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