Canudos plásticos não poderão mais ser usados por estabelecimentos comerciais em Santos. A lei, que entra nesta terça-feira (2) em vigor, tem o objetivo de proteger o meio ambiente diminuindo a quantidade de lixo, mas ainda causa polêmica. A nova lei vale para restaurantes, bares, hotéis, quiosques, ambulantes e feirantes de Santos.
Alguns desses locais, como a Casa Porto, na Ponta da Praia, já se adaptaram. O local aboliu os canudos de plástico e comprou de metal, em outubro do ano passado. A gerente geral diz que, além de benéfica ao meio ambiente, a medida gerou economia.
“Você faz um investimento inicial alto, mas depois vale a pena, porque os canudos de plástico eram bastante consumidos”, afirma Luciene Ferreira.
O quiosque do Zé do Coco, no Canal 6, preferiu apostar nos canudos de plástico biodegradável, que se decompõem na natureza em até um ano. Mas o estabelecimento teve que arcar com os custos.
O milheiro do canudo de plástico custa R$ 17. Já o do material biodegradável sai por R$ 80. Se for o de papel, esse valor sobe para até R$ 250.
O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santos (Sinhores), Heitor Gonzalez, questiona a mudança.
“A gente entende, mas tudo no Brasil é feito de forma atabalhoada. Você não tem hoje no País tecnologia para produzir canudo em outro tipo de material a um preço mais em conta”.
Fiscalização
A prefeitura informou que, inicialmente, haverá fiscalização para orientar os comerciantes sobre a modificação na lei. Apenas posteriormente será aplicada a multa que varia entre R$ 522 e R$ 1.044 para quem descumprir a determinação.
Adiamento
O projeto, aprovado em julho de 2018, entraria em vigor em 1º de janeiro deste ano, mas o prazo foi adiado a pedido dos comerciantes, porque muitos ainda tinham os canudos de plástico em estoque.