Com pouco movimento, restaurantes retornam atendimento com restrições em Santos

Em Santos, movimento foi tímido, mas abertura foi comemorada por comerciantes

Por: Júnior Batista  -  14/07/20  -  11:01

Os restaurantes de Santos estão a passos lentos retomando as atividades. A Tribuna percorreu o centro da Cidade, ontem, na hora do almoço, e verificou que muitos deles não havia retomado ao atendimento com mesas. Alguns ainda seguiam somente com o delivery e outros nem abriram as portas. Os comerciantes disseram que todo mundo ainda está muito preocupado com a situação. 


Uma dona de restaurante na rua Itororó disse que, até às 13h30, havia vendido menos com pessoas lá dentro do que com as marmitas que estava entregando até a última sexta-feira. 


Proprietário de um dos espaços mais antigos do Centro, o restaurante Mauá, Mauro Liguori afirmou que a abertura é uma luz no fim do túnel. “É impossível viver só de delivery no Centro”, decreta. 


Ele contou que as pessoas ainda estão saindo de casa aos poucos, mas muitas nem retornaram porque o home office foi mantido em muitas empresas. 


“Infelizmente, tive que fazer cortes, reduzir o quadro. O delivery paga 10% das minhas contas. Mas agora é engrenar e fazer de tudo para que continuemos na fase amarela”, diz.


Próximo dali, o Carioca, outro espaço considerado tradicional em Santos, estava entregando seus pasteis na porta. Por lá, o delivery começou somente no dia 1º de julho, conforme explicam os gerentes Alexandre e Marcelo Barreiro. “Optamos por fazer a suspensão dos contratos, mas não demitimos ninguém. São mais de 30 famílias dependendo de nós, então, fizemos de tudo para mantê-los”, explica Alexandre. 


O espaço está sendo reorganizado e deve abrir entre hoje e quarta-feira para o público, mas com “muitos cuidados”, ressalta Marcelo. 


Nas ruas, cuidado


A professora aposentada Eni Vasques, de 58 anos, foi buscar um pastel do restaurante da Praça Mauá, mas disse que está evitando sair de casa. Ela disse que aos poucos, é bom as pessoas voltarem à rotina, no entanto, é preciso redobrar a atenção. “Não dá para ver, de novo, o que vimos na praia ontem. Aquilo é um absurdo e prejudica os trabalhadores, porque podemos recuar de fase e fechar novamente”, afirmou ela.


Eni teve a covid-19. E mesmo não sendo fumante, diabética nem hipertensa, ficou oito dias internada. “Tive tosse, uma falta de ar terrível. Foi horrível”, lembra ela sobre a fase com a doença. “É preciso ter senso coletivo, não individual”.


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