Camps luta por projetos sociais em nova Lei do Primeiro Emprego

Uma audiência pública já está marcada para o próximo ano, quando haverá manifestação sobre o assunto

Por: Da Redação  -  01/11/19  -  22:10
Presidente do Camps avalia lei que pode alterar a legislação que rege aprendizagem profissional
Presidente do Camps avalia lei que pode alterar a legislação que rege aprendizagem profissional   Foto: Sílvio Luiz/ AT

A nova Lei do Primeiro Emprego, que tramita na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, preocupa o presidente do Centro de Aprendizagem e Mobilização Profissional e Social (Camps) Santos, Elias Júnior, por não contemplar o jovem vulnerável socialmente.


Segundo ele, o projeto precisa ser revisto em alguns pontos. “Do jeito que está, ele tem mais pontos negativos, pois passa toda a responsabilidade da aprendizagem para o sistema que busca a competitividade, a inovação, a tecnologia”. 


Já entidades como o Camps, por exemplo, têm um outro foco de trabalho. “Costumo dizer que educamos para o trabalho. Nossos jovens, por viverem numa situação social muito vulnerável, não têm compreensão de sociedade e regramentos. Nosso projeto desperta o compromisso com o trabalho”, explica Elias. 


Recentemente, foram feitas propostas e a expectativa do presidente do Camps de que alguns pontos sejam revistos é grande. “Estive em Brasília conversando com senadores sobre o projeto e já protocolamos pedidos de emenda. Até agora, já são cinco”.


Uma audiência pública já está marcada para o próximo ano, quando haverá manifestação sobre o assunto. 


“No Camps, por exemplo, os jovens têm aulas que vão desde comportamento até educação financeira, mostrando para o jovem o caminho que existe para o mercado de trabalho. A gente qualifica o jovem como um cidadão, com preceitos de ética e cidadania. É algo diferenciado”, diz Elias.


Outra questão tem a ver com o fato de o projeto possibilitar a contratação direta com o jovem aprendiz e não por uma terceirizada. “Isso vai na contramão do sistema atual”. 


Contratações 


Por outro lado, segundo Elias, um ponto positivo é dar a oportunidade para o microempreendedor contratar jovens aprendizes com alíquota diferenciada pelo FGTS. “Esse é o grande ponto positivo. Hoje, muitos não enxergam isso como algo viável, mas restrito a grandes empresas”. 


Sobre os 40% que não são contratados, eles seguem fazendo cursos gratuitos no Senai para se qualificarem. “Eles não ficam parados e seguimos acompanhando”. 


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