Campo Grande e Gonzaga têm os maiores índices de letalidade por Covid-19 em Santos

A taxa média de letalidade na cidade ficou em 3,05%, sendo que 18 bairros apresentaram índice acima dessa média

Por: Rosana Rife  -  23/11/20  -  10:21
Dezoito, dos 67 bairros, apresentaram índice acima da média nacional, estadual e regional
Dezoito, dos 67 bairros, apresentaram índice acima da média nacional, estadual e regional   Foto: Matheus Tagé/AT

Santos tem índice de letalidade do coronavírus de 3,05%. No Brasil, o percentual é de 2,81%; no Estado, de 3,45%, e na Baixada, de 3,53%. Portanto, o município está entre as médias nacional e estadual. Porém, entre os bairros da Cidade, há diferenças marcantes: Dezoito, dos 67 bairros, apresentaram índice acima dessa média.


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No Campo Grande, a taxa foi de 4,72% – bem maior do que a média do Estado. Ocorreram 60 mortes e 1.270 moradores tiveram covid-19. Na sequência, vêm Gonzaga, com 1.336 casos e 61 mortes (4,57%); Boqueirão, com 1.375 casos e 61 mortes (4,43%), seguido pelo Pompeia, com 526 casos e 23 óbitos (4,37%). 


Os dados ainda apontam que a maior concentração de infectados e óbitos ocorre na Zona da Orla. “O coeficiente de letalidade na Cidade, de forma geral, é relativamente estável”, informa o secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz. 


Segundo ele, os bairros com mais óbitos, em números absolutos, estão entre os mais populosos e de maiores percentuais de pessoas idosas, público mais suscetível a complicações. 


“Santos é a cidade mais verticalizada do País – sem contar a parte continental. Praticamente 57% das famílias moram em edifícios. Então, onde há maior concentração de casos, há maior concentração de prédios e de circulação de vírus. Além disso, 64% dos óbitos são de idosos”.


Aumento de casos


A Cidade vinha, entre junho e outubro, apresentando uma curva descendente em número de pessoas internadas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O cenário apresentou alteração no início do mês, o que faz acender um sinal de alerta. 


“O gráfico vinha descendente desde junho até outubro, quando tivemos 62 pessoas internadas em UTI adulto. Foi o menor número até então. Mas, por volta do dia 4, percebemos uma inversão. E, nos últimos dias, superamos a marca de 100 pessoas internadas em UTI. O maior número foi em maio, com 186 pessoas na UTI, um recorde negativo”.


Um certo relaxamento em relação à prevenção do coronavírus, como uso de máscara e distanciamento social, está relacionado a essa mudança, avalia Ferraz. 


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