Cães selecionados receberão coleiras contra leishmaniose em Santos neste sábado

A maior parte desses animais não tem a doença, mas vive a cerca de um raio de 100 metros de distância de cães acometidos por ela

Por: Por ATribuna.com.br  -  04/06/20  -  22:04
Atualizado em 04/06/20 - 22:06
A leishmaniose visceral é uma doença crônica
A leishmaniose visceral é uma doença crônica   Foto: Anderson Bianchi/Prefeitura de Santos

A Prefeitura de Santos distribuirá, neste sábado (6), coleiras repelentes a 291 cães mapeados nos bairros Jabaquara (167), Marapé (50, incluindo morro) e Morro São Bento (74). Segundo a Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz), a ação visa evitar a propagação da leishmaniose visceral nos animais. 


A maior parte desses animais não tem a doença, mas vive a cerca de um raio de 100 metros de distância de cães acometidos por ela.


A distribuição será realizada casa a casa, em locais previamente mapeados, seguindo todos os protocolos de segurança para evitar uma eventual transmissão do novo coronavírus. Os munícipes também receberão material informativo sobre a leishmaniose.  Em caso de mau tempo, a ação será transferida para outra data.


Como a leishmaniose visceral canina é transmitida pelo mosquito-palha, o uso da coleira repelente é a principal forma de evitar a proliferação, uma vez que mantém os animais sadios livres de uma eventual picada contaminada do inseto e os animais doentes, com a coleira, deixam de ser alvo do mosquito-palha, interrompendo a cadeia de transmissão.


O primeiro caso de leishmaniose em Santos foi registrado em 2015 e, desde então, 85 animais foram identificados com a doença, dos quais 54 já morreram. OS outros 31 passarão por fiscalização nestesábadoe receberão coleiras.


“Faremos visitas para verificar se os animais continuam vivos, se estão encoleirados, qual o estado de saúde geral, se permanecem no mesmo endereço e sob a guarda e responsabilidade dos proprietários. Caso seja necessária uma avaliação mais aprofundada, os proprietários serão orientados a levar o animal a uma clínica veterinária”, explica Alexandre Nunes, veterinário da Sevicoz.


A leishmaniose visceral é uma doença crônica. Os sintomas demoram de dois a três anos para aparecer no animal e incluem pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Com seu avanço, os órgãos internos como fígado, baço e pulmão, são afetados. Não há cura, mas quanto mais cedo se detecta, mais fácil é o tratamento e o controle da doença. O animal tem que ser monitorado pelo resto da vida.


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