Buffet fecha as portas em Santos, dá 'calote' e deixa dezenas de clientes 'na mão'

Vítimas alegam que proprietária apagou as páginas nas redes sociais, e "sumiu"

Por: Daniel Gois  -  07/04/21  -  16:29
Ao chegarem no local para obter esclarecimentos, clientes descobriram que buffet havia fechado
Ao chegarem no local para obter esclarecimentos, clientes descobriram que buffet havia fechado   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Clientes de um buffet em Santos, no bairro da Aparecida, acusam o local de fechar as portas sem prestar esclarecimentos sobre as festas que já estavam fechadas em contrato. Agora as vítimas estão à procura da proprietária do estabelecimento, que teria sumido.


A professora Elizabeth Souza Silva, de 38 anos, moradora do Embaré, fechou uma festa de aniversário para a filha em julho de 2019. O evento seria realizado no local em março de 2020, mas foi adiado para o ano seguinte, por conta da pandemia de Covid-19. O valor da festa, na época, ficou estipulado em R$ 5,2 mil.


Com o crescente número de infectados e as restrições aos estabelecimentos, Elizabeth pediu, no início de março deste ano, um novo adiamento. Foi a última vez que ela teve contato com o local, que já teria fechado as portas no fim de fevereiro, e ainda assim estaria atendendo clientes.


"Conversei com ela até o começo de março. Porém, fiquei sabendo que, no final de fevereiro, ela já tinha esvaziado o buffet. Ela continuava falando comigo até o começo de março, como se nada tivesse acontecido. Eu não fui avisada. Fui até a porta do local e vi a placa de aluga-se. Comecei a tentar contato, mas ela já havia sumido de todas as redes sociais. Perdi totalmente o contato", conta Elizabeth, que registrou boletim de ocorrência para apurar o caso.


Após divulgar o caso nas redes sociais, a professora descobriu dezenas de outras pessoas que também vivem a mesma situação. Uma delas é o motorista Carlos André Rodrigues Rios Brandão, de 42 anos.


O morador do bairro Estuário fechou, em janeiro de 2020, um contrato com o buffet para comemorar o aniversário de 2 anos da filha. O evento, com valor de R$ 5 mil, aconteceria no fim de abril, mas foi adiado para o ano seguinte. Segundo Carlos, a última conversa que teve com a proprietária do buffet foi em agosto de 2020.


"Achávamos que estava tudo certo. Fomos surpreendidos com essa situação agora. Entendermos que a pandemia impactou diretamente os prestadores de serviços, mas o prestador poderia ao menos ter dado notícias ou satisfação para os clientes lesados", afirma o motorista.


A administradora de empresas Viviane Nascimento, de 49 anos, iria realizar, junto com outras duas amigas, uma festa de aniversário de 5 anos para três crianças. O acordo com o buffet foi feito em outubro de 2019. O evento aconteceria em março de 2020. Ela conta que o valor foi pago à vista e que a festa contaria com cerca de 100 convidados.


Assim como nos dois outros casos, Viviane também teve a festa adiada para março deste ano. Ela conta que solicitou um novo adiamento, em razão do lockdown, mas que o local não estaria disposto a prorrogar o evento novamente.


"Resolvemos cancelar essa festa, com antecedência, e pedir nosso dinheiro de volta, a porcentagem que cabia de acordo com o contrato. Ela simplesmente sumiu. Não atendeu mais o telefone, e não falou mais conosco. No começo de fevereiro, eles estavam fazendo anúncios no Facebook, dizendo que fecharam mais festas", afirma Viviane.


A reportagem de ATribuna.com.br tentou localizar a proprietária do Buffet, mas até o momento não obteve êxito.


O que diz a Prefeitura de Santos


Cabe ao Procon-Santos receber a reclamação e tentar uma solução. Não é competência do órgão investigar, nem representar judicialmente os consumidores neste caso. Pelo Procon-Santos, sanções administrativas poderão ser aplicadas se de fato confirmadas, naquilo que tenha atentado contra o que dispõe o Código de Defesa do Consumidor (CDC), no caso multas.Clientes de um buffet em Santos, no bairro da Aparecida, acusam o local de fechar as portas sem prestar esclarecimentos sobre as festas que já estavam fechadas em contrato. Agora as vítimas estão à procura da proprietária do estabelecimento, que teria sumido.


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A professora Elizabeth Souza Silva, de 38 anos, moradora do Embaré, fechou uma festa de aniversário para a filha em julho de 2019. O evento seria realizado no local em março de 2020, mas foi adiado para o ano seguinte, por conta da pandemia de Covid-19. O valor da festa, na época, ficou estipulado em R$ 5,2 mil.


Com o crescente número de infectados e as restrições aos estabelecimentos, Elizabeth pediu, no início de março deste ano, um novo adiamento. Foi a última vez que ela teve contato com o local, que já teria fechado as portas no fim de fevereiro, e ainda assim estaria atendendo clientes.


"Conversei com ela até o começo de março. Porém, fiquei sabendo que, no final de fevereiro, ela já tinha esvaziado o buffet. Ela continuava falando comigo até o começo de março, como se nada tivesse acontecido. Eu não fui avisada. Fui até a porta do local e vi a placa de aluga-se. Comecei a tentar contato, mas ela já havia sumido de todas as redes sociais. Perdi totalmente o contato", conta Elizabeth, que registrou boletim de ocorrência para apurar o caso.


Após divulgar o caso nas redes sociais, a professora descobriu dezenas de outras pessoas que também vivem a mesma situação. Uma delas é o motorista Carlos André Rodrigues Rios Brandão, de 42 anos.


O morador do bairro Estuário fechou, em janeiro de 2020, um contrato com o buffet para comemorar o aniversário de 2 anos da filha. O evento, com valor de R$ 5 mil, aconteceria no fim de abril, mas foi adiado para o ano seguinte. Segundo Carlos, a última conversa que teve com a proprietária do buffet foi em agosto de 2020.


"Achávamos que estava tudo certo. Fomos surpreendidos com essa situação agora. Entendermos que a pandemia impactou diretamente os prestadores de serviços, mas o prestador poderia ao menos ter dado notícias ou satisfação para os clientes lesados", afirma o motorista.


A administradora de empresas Viviane Nascimento, de 49 anos, iria realizar, junto com outras duas amigas, uma festa de aniversário de 5 anos para três crianças. O acordo com o buffet foi feito em outubro de 2019. O evento aconteceria em março de 2020. Ela conta que o valor foi pago à vista e que a festa contaria com cerca de 100 convidados.


Assim como nos dois outros casos, Viviane também teve a festa adiada para março deste ano. Ela conta que solicitou um novo adiamento, em razão do lockdown, mas que o local não estaria disposto a prorrogar o evento novamente.


"Resolvemos cancelar essa festa, com antecedência, e pedir nosso dinheiro de volta, a porcentagem que cabia de acordo com o contrato. Ela simplesmente sumiu. Não atendeu mais o telefone, e não falou mais conosco. No começo de fevereiro, eles estavam fazendo anúncios no Facebook, dizendo que fecharam mais festas", afirma Viviane.


A reportagem de ATribuna.com.br tentou localizar a proprietária do Buffet, mas até o momento não obteve êxito.


O que diz a Prefeitura de Santos


Cabe ao Procon-Santos receber a reclamação e tentar uma solução. Não é competência do órgão investigar, nem representar judicialmente os consumidores neste caso. Pelo Procon-Santos, sanções administrativas poderão ser aplicadas se de fato confirmadas, naquilo que tenha atentado contra o que dispõe o Código de Defesa do Consumidor (CDC), no caso multas.


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