Botijão de gás é vendido a R$ 32 durante manifestação de petroleiros em Santos

Ato faz parte da mobilização nacional da categoria, 150 unidades serão vendidas sem tributos na tarde desta quinta-feira (13)

Por: Por ATribuna.com.br  -  13/02/20  -  13:58

Em mobilização nacional desde o começo do mês, o Sindicato do Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro) realiza, na tarde desta quinta-feira (13), venda gás de cozinha sem carga tributária. A unidade sairá por R$ 32, limitada a 150 botijões – sendo uma por família. O ato acontece na sede da entidade, na Avenida Conselheiro Nébias, 248, em Santos, a partir das 14 horas.  


Os interessados devem levar botijão de gás vazio para a compra, que deverá ser feita com dinheiro em espécie. A iniciativa faz parte da greve da categoria, deflagrada na semana passada.


Durante a venda, os petroleiros irão distribuir material informativo explicando os motivos da ação. A reivindicação por preço justo para o gás de cozinha e combustíveis é uma das bandeiras da greve nacional da categoria, que também envolve a luta pela manutenção de direitos e contra a demissão de aproximadamente mil trabalhadores da Fafen Araucária (PR). Com a iniciativa, os trabalhadores esperam ampliar o debate sobre o tema. 


Com valor médio de R$ 70 na maioria das cidades do país, a categoria afirma que em algumas localidades o botijão é comercializado a R$ 120 em algumas cidades. Na região, o valor médio cobrado pela unidade varia entre R$ 65 e R$ 80. 


A categoria afirma ainda que o gás sofreu uma disparada nos preços desde 2019, quando o governo federal forçou a Petrobras a adotar a política de paridade com os preços internacionais. “Em vez de calcular os custos de produção de gás e petróleo no Brasil pelo Real, nossa moeda, agora os custos são calculados em dólar”, informa os petroleiros. 


A categoria afirma que essa mudança prejudica a população mais pobre, que em casos extremos têm recorrido à lenha para cozinhar. “A Petrobras sempre incomodou a concorrência porque o preço praticado por ela influencia todo o mercado. Se ela oferece preços mais justos a concorrência é forçada a acompanhar. E, claro, elas não gostavam, pois viam a margem de lucro diminuir. Agora, forçada a acompanhar os valores praticados lá fora, a Petrobras deixa de oferecer preços mais justos, como já ocorreu no passado, abrindo caminho para os preços abusivos atuais”, explica Adaedson Costa, coordenador-geral do Sindipetro-LP. 


 Para reduzir o valor do gás de cozinha e derivados de petróleo, os petroleiros defendem o fim da paridade de preços com a cotação do mercado internacional, a suspensão do que definem como desmonte da companhia (com a venda de ativos, demissões e outras medidas), a diminuição da importação de derivados e a retomada das obras de ampliação das refinarias para atender o mercado interno e gerar emprego. 


Serviços: 


A ação acontece nesta quinta-feira (13), a partir das 14 horas, em Santos, e contemplará as 150 primeiras pessoas que chegarem à sede do Sindicato, na Av. Conselheiro Nébias, 248. 


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