Beneficência Portuguesa de Santos usa telemedicina em casos de AVC

Neurologista Juarez Harding espera que o modelo possa ser exportado para outros locais

Por: Júnior Batista  -  26/09/20  -  11:11
Prospectos para o futuro incluem mais tecnologia nos tratamentos oferecidos pela instituição
Prospectos para o futuro incluem mais tecnologia nos tratamentos oferecidos pela instituição   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

A telemedicina deu mais um passo e vai ajudar a diagnosticar e tratar pacientes com Acidente Vasculhar Cerebral (AVC) mais rapidamente: pelo uso de videochamadas, a partir do celular, para ligar clínicos, paciente e um neurologista.


Neurologista e responsável pela ideia, que está sendo aplicada na Sociedade Portuguesa de Beneficência, Juarez Harding espera que o modelo possa ser exportado para outros locais, ampliando esse tipo de atendimento.


O equipamento é relativamente simples: uma cinta que o clínico geral coloca na cabeça, com um suporte. A partir de uma videochamada, já no atendimento ao paciente com sintomas do AVC, ele faz o diagnóstico junto ao clínico e orienta nos procedimentos.


“Esse médico já participa de um grupo com outros profissionais. Os casos de urgência já são notificados antes mesmo da chamada em vídeo”, explica.


Caminho sem volta


Segundo o diretor técnico da instituição, Mario da Costa Cardoso Filho, os processos através da telemedicina, que ganharam corpo na pandemia, serão cada vez mais comuns.


“Isso não tem volta. Foi percebido que só há ganhos, não perdas, com esse jeito de trabalhar. Neurologistas, que estão em falta, poderão fazer mais atendimentos em regiões do Brasil que antes não se chegava”, afirma.


Para Harding, é positivo que os equipamentos tecnológicos sejam usados de forma multidisciplinar, ou seja, entre diversas áreas. “E essa forma deve se expandir. A ideia, inclusive, é que outros profissionais se inspirem e possam passar a utilizar a tecnologia para solucionar problemas. Quem ganha, com isso, é o paciente”.


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