Ato em Santos lembra 1 ano da morte do estudante Lucas Martins no Baccará: 'Justiça'
Caso aconteceu em 7 de julho de 2019, quando o jovem foi agredido por seguranças da casa noturna. Após ficar 22 dias internado, o estudante não resistiu e morreu
Familiares e amigos do estudante Lucas Martins de Paula se concentraram na Praça das Bandeiras, em Santos, na tarde deste domingo (28). A ação, promovida pelo pai do estudante, Isaías de Paula, lembra um ano da morte de Lucas, que aconteceu no dia 29 de julho de 2018, após ele ter sido agredido por seguranças da Casa Noturna Baccará. O jovem morreu após ficar 22 dias internado na Santa Casa de Santos. Após a concentração, as pessoas fizeram uma caminhada até a Praça da Independência.
As pessoas que participaram do ato utilizavam camisas brancas que continha a foto de Lucas e, embaixo dela, a palavra Justiça. Além disso, eles estavam com cartazes com a mesma palavra junto com fotos do estudante. O ato, no Gonzaga, foi acompanhado de perto por uma viatura da Polícia Militar. Eles caminharam pela Avenida Ana Costa, que foi interditada parcialmente, até chegar na Praça da Independência.
"Objetivo maior é a justiça. Se não fizermos manifestações em prol da segurança, pedindo justiça, se permanecemos calados, a morte do meu filho vai ser mais uma estatística. E não queremos isso. Não quero ver meu filho ser mais um número. E que isso nunca mais aconteça na região. Esse é o grande propósito", comentou Isaías de Paula, pai da vítima.
Quartanista de Engenharia Elétrica, Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi brutalmente agredido na casa noturna depois de reclamar do lançamento indevido em sua comanda de uma cerveja long neck no valor de R$ 15. Dois seguranças, que se entregaram à polícia e estão presos, o agrediram. O caso aconteceu no dia 7 de julho.
Após 22 dias de coma na Santa Casa de Santos, foi constatada a morte de Lucas. O caso ganhou grande repercussão na cidade de Santos e também nas redes sociais.
O dono do antigo Bar Baccará, Vitor Alves Karam, foi preso após disque-denúncia da Polícia Militar, na Zona Oeste de São Paulo. Com a prisão do empresário, apenas um indiciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado segue foragido: Anderson Luiz Pereira Brito, de 47 anos, chefe da segurança do Baccará
Os seguranças Thiago Ozarias Souza e Sammy Barreto Callender, acusados de terem agredido o jovem do lado de fora do estabelecimento, se entregaram à polícia e seguem presos.
