A Praça Independência, no Gonzaga, em Santos, será palco de nova manifestação. Desta vez, a favor do presidente Jair Bolsonaro (PSL), do Pacote Anticrime e da Reforma da Previdência. O ato está previsto para começar às 15 horas de domingo. Nas últimas eleições, Bolsonaro obteve 60,88% dos votos válidos na Baixada Santista.
Há pouco mais de uma semana, no dia 15, milhares de pessoas protestaram contra o plano de contingenciamento do Governo, que prevê o bloqueio de verbas para segmentos – entre eles, a Educação, que será de 24,84% em média.
O movimento programado para domingo e que deve ocorrer em outros 21 pontos do País, no entanto, não é visto como um contra ataque, segundo o deputado estadual Matheus Coimbra Martins de Aguiar, o Tenente Coimbra, e o deputado federal Júnior Bozzella, ambos do PSL e representantes da região.
Bozzella confirmou que participará do ato na Praça Independência e na Avenida Paulista, na Capital. “É um movimento espontâneo, que nasceu das ruas e não tem a ver com o Governo ou o PSL. Você não pode contrariar uma manifestação popular. Essa é contra aquilo que possa depor contra as práticas que o presidente defendeu. Apoia quem quiser”, diz.
O deputado federal entende que os protestos do dia 15 contra o contingenciamento foram partidários e eram “um movimento Lula livre”. Ele cita que os bloqueios de verbas estão abaixo da média dos governos anteriores. “O problema (nos últimos mandatos) foi a corrupção e, por isso, faltou recurso. Assim que equalizarmos a economia, é lógico que a saúde e a educação voltam à pauta.”
Coimbra pensa que toda manifestação é legítima e confirmou que estará na Praça Independência. Ele ressalta que ninguém é a favor do contingenciamento – nem direita, esquerda ou centro.
“Ninguém gosta, mas tivemos 44% (de bloqueio) na Defesa e mais de 60% na Infraestrutura, o que acaba comprometendo obras e tecnologias para os sistemas de defesa. Infelizmente, por causa da baixa arrecadação, é preciso fazer o contingenciamento”. O deputado estadual afirma que a previsão de orçamento para este ano acabou não se efetivando devido à dívida externa e ao rombo na Previdência.
Ausências
Na tarde desta terça (21), o presidente Jair Bolsonaro informou que não vai participar de manifestações e pediu o mesmo aos ministros. O governador João Doria (PSDB) disse ontem que também não irá ao ato. “A meu ver, (fazer) manifestação não é contributivo. Creio que o acirramento de ânimos não contribui para o Brasil neste momento. Precisamos de paz, de equilíbrio, de entendimento e foco na reforma da Previdência para permitir que a economia possa se recuperar, tão logo a reforma esteja aprovada”, justificou, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.