Atestado médico faz movimento de unidades de saúde aumentar às segundas-feiras

"É o dia internacional da troca de atestado", diz secretário de Saúde de Santos

Por: Ronaldo Abreu Vaio  -  20/01/20  -  09:31

O movimento nas duas unidades de pronto atendimento santistas em atividade, a Central, na Vila Mathias e da Zona Noroeste, no Bom Retiro, têm aumento médio de 15% às segundas-feiras. O motivo? “Costumo dizer que é o dia internacional da troca de atestado (médico)”, diz o secretário de Saúde, Fábio Ferraz.


Segundo ele, por trás do percentual, estão pacientes que chegam com queixas de baixíssimo ou nenhum risco. “São dores de cabeça, de barriga, enfim, pequenos mal-estares”, resume Ferraz.


Pela percepção dos médicos, a maioria nesse contingente quer mesmo é conseguir um atestado para “prolongar o final de semana”, segundo Ferraz. Uma prática por si só reprovável, mas que traz consequências ainda mais sérias. “O serviço acaba sobrecarregado a quem de fato necessita do cuidado médico”.


O ritual de atendimento nas UPAs começa com a retirada de uma senha, realização de um cadastro e posterior classificação de risco. Nesse processo, alguém que está precisando de fato do atendimento pode ter que esperar mais tempo. Ferraz enfatiza que esse quadro não é uma prerrogativa das UPAs santistas, nem do setor público, muito menos de Santos. “Acontece na saúde como um todo, no País”.


“Vou negar o atendimento? Isso não é possível. Vou constranger a pessoa (que faz isso)? Não. Mas tentamos conscientizar”, encerra.


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Durante live nas redes sociais, prefeito divulgou que município terá mais leitos na UPA Central   Foto: Alberto Marques

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