Arte no Dique celebra 18 anos de inclusão social

Homenagem a Moraes Moreira e reta final do festival O Som das Palafitas fazem parte da programação comemorativa

Por: Por ATribuna.com.br  -  18/11/20  -  08:45
Atualizado em 18/11/20 - 09:00
Diariamente, cerca de 600 pessoas participam do projeto
Diariamente, cerca de 600 pessoas participam do projeto   Foto: Divulgação

Para marcar os 18 anos de trabalho, o Instituto Arte no Dique realizará uma cerimônia virtual, no sábado, 28 de novembro, às 16h. Será inaugurada uma obra de arte em homenagem a Moraes Moreira, padrinho da instituição, concebida pelo artista plástico Jotareli, também responsável pelo quadro homenagenado Gilberto Gil, que hoje se destaca no prédio da entidade.


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“Tenho essa afinidade com o lado social e Moraes Moreira sempre demonstrou essa preocupação. Por isso decidi fazer essa homenagem, além de estar sempre lado a lado com o Arte no Dique, que realiza um trabalho fundamental de inclusão”, afirma Jotarelli.


O Instituto 


28 de novembro de 2002. Nessa data foi lançada a pedra fundamental do Instituto Arte no Dique. Passados 18 anos, mais de 20 mil pessoas, em grande parte moradores do Dique da Vila Gilda, em Santos, frequentaram as oficinas da instituição, tiveram acesso à cultura e à arte. “Cultura como um todo”, como costuma dizer o presidente da ONG, José Virgílio Leal de Figueiredo, já que o Arte no Dique trabalha, com seus colaboradores, alunos, frequentadores, parceiros, a questão da cidadania.


Desde a entrega semanal de leite para a comunidade, até as oficinas de percussão (que deram início ao projeto), violão, dança, informática, customização, as exibições de filmes seguidas de debates, shows. Artistas de renome como Moraes Moreira, Sergio Mamberti, Pepeu Gomes, Davi Moraes, Emicida, Fernandinho Beat BOX, Fabiana Coza, Jorge Mautner, Jair Oliveira, Walderez de Barros, Blaxtar, Armandinho Macedo, A Cor do Som (Dadi, Mú, Ari Dias, Armando e Gustavo), Wilson  Simoninha, Jair Oliveira, Geraldo Azevedo, Hamilton de Holanda, Sandra de Sá , Moreno Veloso,  José Gil, Charlie Brown Jr., Gilmelândia, Luciano Calazans, Peu Meurray, Lecy Brandão, Nelson Jacobina, Mestre Marçal, Robertinho Silva, Ferrez, Alexandre de Maio, Luciano Quirino, Ondina Clais, Henrique Dantas, o paratleta Pauê, entre outros, já se apresentaram ou estiveram no espaço.


Diariamente, cerca de 600 pessoas participam do projeto, que pretende oferecer oportunidade de transformação e desenvolvimento humano e social a crianças, adolescentes, jovens e adultos através da participação da comunidade em ações educativas, de geração de renda, meio ambiente e valorização da cultura popular da região. 



Festival O Som das Palafitas – últimas apresentações


Após dez apresentações musicais com nomes importantes da música santista, acontece a fase nacional do festival O Som das Palafitas. A cantora Sandra de Sá abriu a agenda no último dia 10 de outubro, seguida de José Gil e Maria no dia 17, os músicos do Charlie Brown Júnior no dia 24, Hamilton de Holanda no dia 31 e José Gil em 7 de novembro e Gilmelândia e Luciano Calazans em 14 de novembro.


Davi Moraes, filho de Moraes Moreira, se apresenta em 21 de novembro. Já Armandinho Macedo encerra a programação no dia 28. Os shows acontecem sempre às 20h, no Facebook do Arte no Dique


Em virtude da pandemia do coronavírus, O Som das Palafitas é realizado online este ano. Se há a perda do contato próximo entre artistas e público, por outro lado o evento pode ser acompanhado em qualquer parte do mundo e ganha caráter filantrópico. Durante os shows, transmitidos na página do Facebook da instituição no formato live, há um QR Code no qual as pessoas poderão fazer doações. O valor arrecadado será usado para a compra de equipamentos utilizados pela entidade e instrumentos para as oficinas musicais, e também para a reforma da fachada da entidade. 


Futuro


 O Arte no Dique planeja a construção de um consultório, em parceria com a PUC de São Paulo, para atender à comunidade das palafitas.  Veio a pandemia e um ano completamente difícil, atípico, trágico. E mais uma vez uma lição: a necessidade de atuarmos em relação à saúde das pessoas. Saúde física e saúde mental.  Por isso, um dos projetos mais urgentes do Arte no Dique passa a ser um consultório que terá psiquiatras e psicólogos”, explica José Virgílio.


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