Arqueólogo avaliará danos no imóvel do Escolástica Rosa

Manoel Gonzalez foi contratado pela Santa Casa de Santos, responsável pela centenária construção, para fazer um relatório de impacto do patrimônio

Por: Por ATribuna.com.br  -  26/08/20  -  17:05
Provedor do hospital espera que “área nobre” atraia interessados em restaurar imóveis
Provedor do hospital espera que “área nobre” atraia interessados em restaurar imóveis   Foto: Irandy Ribas/AT

A Santa Casa de Santos (SCS) contratou uma auditoria arqueológica para avaliar dados estruturais no imóvel do Escolástica Rosa, no bairro Aparecida. O arqueólogo Manoel Gonzalez fará um relatório de impacto do patrimônio, que por décadas ficou sob responsabilidade do Estado. O estudo será utilizado para a restauração da histórica construção santista.


Segundo a SCS, os trabalhos no local serão realizados em duas fases. A primeira será a elaboração de um relatório de impacto ao patrimônio para analisar e avaliar se houve alteração significativa da antiga ocupação do prédio. Após este estudo, será iniciada a segunda fase, que é um complemento da limpeza e manutenção do imóvel erguido no começo do século passado. A entidade ainda não definiu o plano de restauro do complexo arquitetônico santista.


Manoel Gonzalez é graduado em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Tem doutorado em Arqueologia pela USP e pós-doutorado em Arqueologia pelo Museum National d’Histoire Naturelle de Paris. Além do título de Comendador pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História.


Gonzalez participou de vários programas de Gestão do Patrimônio Arqueológico e Obras de Implantação, entre eles: da Igreja e Convento do Valongo, do Pátio de Trens do VLT da Baixada Santista, implantação da terceira Faixa da Rodovia Conego Domenico Rangoni, obras na área da Ilha Barnabé e implantação de dois berços de atracação no Píer da Alemoa no Porto de Santos. 


Imóvel foi erguido em 1908 para abrigar centro de formaçõe de jovens carentes (Rogério Soares/AT)


O imóvel 


Projetado pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, o prédio foi inaugurado a 1 de janeiro de 1908 para abrigar e educar meninos pobres e órfãos. A destinação foi exigida por João Otávio dos Santos, que ficou rico como comerciante na cidade. Em 1931, o Governo do Estado de São Paulo assumiu a escola.


A devolução das chaves ocorreu em 2019, após exigência do Ministério Público do Trabalho (MPT) que avaliou que os danos do imóvel colocaria estudantes e trabalhadores em risco. Na ocasião, as atividades da Fatec Rubens Lara e Etec Escolástica Rosa foram transferidas para um imóvel no centro de Santos.


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