Ariovaldo Feliciano e Elias Francisco Júnior apresentam propostas para futuro da Santa Casa

Ariovaldo Feliciano, provedor desde 2016, tenta a reeleição; e o advogado Elias Francisco da Silva Júnior, presidente licenciado do Camps Santos, representa a oposição

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  11/01/20  -  20:20

Ampliação de vagas destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), investimentos em equipamentos e gestão financeira estão entre os planos dos dois candidatos à provedoria da Santa Casa de Santos. O conselho deliberativo do hospital escolherá, no próximo dia 27, o novo responsável pela unidade de saúde, que é referência na Baixada Santista.


Na disputa, estão o provedor Ariovaldo Feliciano, no cargo desde 2016, e o advogado Elias Francisco da Silva Júnior, presidente licenciado do Centro de Aprendizagem e Mobilização Profissional e Social (Camps) Santos. Ambos foram recebidos na sede do Grupo Tribuna pelo diretor-presidente, Roberto Clemente Santini.


Outros interessados em concorrer ao cargo ainda podem se inscrever até o dia 20.


Para Feliciano, que tenta a segunda reeleição, o mandato de dois anos é curto. O provedor destaca o “choque de gestão” necessário para o equacionamento das contas do hospital quando assumiu o cargo.


“Eu peguei a Santa Casa com R$ 400 milhões de dívida e R$ 5 milhões de deficit mensal. Em três meses, zerei esse deficit e passei a dar superavit. As dívidas, eu estou pagando. Uma coisa muito importante: os funcionários, há dois anos, não recebiam os salários em dia. Eu assumi no dia 16 de fevereiro de 2016. Em 5 de março, estava pagando em dia o salário de fevereiro. Daí em diante, nunca mais atrasou. Eu dei plano de saúde, que era um pleito grande dos funcionários”, afirma Feliciano.


Ariovaldo Feliciano, no cargo desde 2016, tenta a segunda reeleição
Ariovaldo Feliciano, no cargo desde 2016, tenta a segunda reeleição   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Para uma nova gestão, o provedor tem como meta a ampliação das vagas para o SUS e a aquisição de equipamentos. Segundo ele, as internações saltaram de 3.202, em 2016, para 5.875, no ano passado.


“A prioridade é a hemodiálise. Pretendo repaginar aquela parte, já que as máquinas são novinhas, e imediatamente construir mais um local e colocar mais 50 novas máquinas. Com isso, vou atender toda a Baixada Santista. Hoje são 50, eu aumentaria para 100. Em três turnos, atenderia 300 pessoas e conseguiria resolver todo o problema da hemodiálise na Baixada Santista. Isso é um sonho meu”.


No mês que vem, a instituição deve receber um acelerador linear, para o tratamento de câncer.


“Essa máquina que nós estamos importando é a segunda a ser instalada no Brasil. A primeira está no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, e a segunda será na Santa Casa. Com isso, vamos ajudar muito a população da Baixada Santista”, declara.


Concorrente


O advogado Elias Júnior aponta a necessidade de profissionalizar a gestão da Santa Casa e fortalecer a captação de recursos públicos. Tudo com o objetivo de garantir um atendimento de qualidade para a população e aumentar o número de vagas do SUS.


“A Santa Casa é um hospital de misericórdia e, por isso, a gente não pode deixar de lado o atendimento à população. A gente precisa trazer esse equilíbrio entre o atendimento particular e o SUS. E é por isso que nós somos irmãos e conselheiros. A gente trabalha de forma voluntária pelo hospital”, destaca Elias Júnior.


Ele cita como desafio de sua candidatura o plano de admitir profissionais renomados no corpo técnico do hospital. Dar autonomia à equipe é outra meta do executivo.


'A gente trabalha de forma voluntária pelo hospital', diz Elias Júnior
'A gente trabalha de forma voluntária pelo hospital', diz Elias Júnior   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

“As prioridades são investir em tecnologia, inovação, controles bem definidos, trazendo compliance para dentro da administração da Santa Casa”, destaca o candidato à provedoria da instituição.


Além da área social, Júnior atua no setor portuário e em diversas entidades, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado (Ciesp).


“A soma da minha experiência, seja na advocacia ou nas empresas onde eu atuo, com a experiência da questão social, me habilita para administrar a Santa Casa”, considera.


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