Alunos sairão de unidade especial para outras escolas em Santos

Pela inclusão, 60 crianças com deficiência serão distribuídas por outros colégios na cidade

Por: Fernando Degaspari & Da Redação &  -  22/03/19  -  21:21
Secretária volta atrás e diz que alunos da escola não serão redistribuídos
Secretária volta atrás e diz que alunos da escola não serão redistribuídos   Foto: Irandy Ribas

As 60 crianças especiais que hoje estudam na Unidade Municipal de Ensino (UME) Maria Carmelita Prost Vilaça, na Ponta da Praia, devem ser distribuídas em outras escolas municipais de Santos, a partir do ano que vem. A Secretaria Municipal de Educação estuda a mudança para se adequar ao que exige a lei.


“Essa política de atendimento a essas crianças em uma escola exclusiva não é mais bem aceita pelos pais que fazem parte do Conselho de Educação Inclusiva. A própria legislação aponta para um atendimento desses alunos em escolas de ensino regular e nas entidades subvencionadas”, explica Cristina Barletta, secretária de Educação de Santos.


Segundo ela, esse processo de inclusão já vem sendo feito nos últimos anos, o que diminuiu a quantidade de alunos da Carmelita.


A direção do colégio fez um levantamento junto aos pais e descobriu que, para o ano que vem, a expectativa é de se reduzir ainda mais a quantidade de alunos.


Cristina Barletta explica, ainda, que toda criança que precise de atenção especial deve ser inserida em escolas regulares. “A não ser que ela tenha um laudo com uma especificidade diagnosticada à qual não existe essa estrutura. O que é muito raro”, diz a secretária.


Período Integral


Se a ideia se concretizar, os alunos do Ensino Fundamental I (1º ao 5º anos) que hoje estão na UME Dom Pedro II, também na Ponta da Praia, serão transferidos para o prédio da Carmelita. Já se sabe que o local precisará passar por mudanças estruturais.


Ambas as escolas, então, passariam a funcionar em período integral. Com isso, a Dom Pedro II ficaria apenas com os estudantes do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano). Até 2024, metade das escolas municipais devem funcionar em período integral, de acordo com o Plano Nacional de Educação.


“Isso nós até já passamos, mas quanto mais oferta de escolas em período integral, melhor, porque a gente vai ter uma qualidade de ensino melhor, também”, diz a secretária.


“Nós estamos fazendo visitas aos locais, olhando a estrutura para não mexer com a vida de nenhum professor que já tenha sua sede fixa”, conclui a secretária de Educação.


A rede


A rede pública municipal de Santos tem 24 mil estudantes. Cerca de 900 deles são considerados crianças especiais. Hoje, Santos tem apenas uma escola integral de Fundamental II, que é a Professor Avelino da Paz Vieira, na Vila Nova.


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