Agências de turismo em Santos descrevem 'tempos difíceis', mas exaltam retomada dos negócios

Proprietárias de agências de turismo da cidade de Santos relataram momentos complicados para os negócios em período de inoperância no setor

Por: Thiago D'Almeida  -  05/03/21  -  18:10

A pandemia de coronavírus e, mais especificamente, o período de quase “lockdown”, que ocorreu em 2020, acertou em cheio quem trabalha no ramo do turismo e viagens, mas uma tímida retomada dos negócios já é comemorada. A equipe de A Tribuna conversou com as proprietárias de duas agências da cidade de Santos e coletou relatos emocionantes sobre a época. Confira a videorreportagem acima.


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A proprietária do Clube Turismo, localizado no shopping Pátio Iporanga, Zenaide Barreto Soares, revelou que o empreendimento não teve faturamento durante três longos meses do ano passado. “Zeramos em abril, maio e junho”, explica. “As nossas reservas, que não eram grandes, mas, ainda assim, boas, serviram para mantermos as despesas fixas”.


Mesmo com as dificuldades, Zenaide explicou que o mês de julho representou, ao menos, uma tentativa de retorno à “normalidade” na agência. “Foi só para contatarmos os clientes, dizendo que já estávamos de volta ao turismo, ainda que com uma carga horária reduzida. Mas as pessoas ainda tinham muitas dúvidas”.


Zenaide explicou que o mês de julho representou uma tentativa de retorno à “normalidade”
Zenaide explicou que o mês de julho representou uma tentativa de retorno à “normalidade”   Foto: Thiago D'Almeida/AT

Os grupos de risco também alteram os empreendimentos de turismo, uma vez que a circulação de pessoas que se encaixam nesses casos é menor. “O público aqui de Santos é altamente idoso, de uma capacidade financeira boa, mas de uma faixa etária alta. E isso nos prejudica, pois esse público viaja bastante [por conta do grupo de risco]. Não que o jovem não viaje, mas as compras acontecem em bases menores”.


Já na agência Viva Eventos e Turismo, localizada na Avenida Senador, também em Santos, a proprietária do empreendimento, Andreia Ribeiro, não segurou as lagrimas ao relembrar sobre o período de ‘lockdown’.


“Foi uma luta bem difícil, passamos por duros momentos”, desabafa. “A parte financeira a gente releva, empurra daqui ou dali, atrasa uma conta, mas precisamos dar prioridade para algumas coisas. A nossa foi o bem estar das funcionárias e a saúde delas. O valor da nossa vida mudou bastante”.


Embora registre com tristeza o momento, ela também vê uma ‘luz no fim do túnel’ com a reabertura dos parques de diversão. “Somos representantes de alguns aqui na região, então, a partir do dia 23 de setembro, houve um movimento muito grande. Os parques começaram a abrir e o pessoal a sair. Aumentamos, inclusive, o nosso espaço. Antes, estávamos no centro de Santos”, explica. “Hoje, contratamos até mais pessoas para trabalhar. Estamos na contramão de quem fala que o turismo não está bom”.


Andreia Ribeiro, não segurou as lagrimas ao relembrar sobre o período de ‘lockdown’
Andreia Ribeiro, não segurou as lagrimas ao relembrar sobre o período de ‘lockdown’   Foto: Thiago D'Almeida/AT

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