Advogado de acusação do caso Baccará aguarda júri ainda neste ano: 'Família merece sossego'

Família de Lucas Martins de Paula, morto em 28 de julho do ano passado, espera pelo júri dos acusados e tem esperança de que a prisão do quarto envolvido no crime aconteça em breve

Por: Marcela Ferreira & De A Tribuna On-line &  -  18/07/19  -  18:45
Réu é defendido pelo advogado Armando de Mattos
Réu é defendido pelo advogado Armando de Mattos   Foto: Irandy Ribas/AT

Após a prisão de mais um dos quatro réus no caso Baccará nesta quarta-feira (17) - o dono do bar, Vitor Alves Karam, de 33 anos -, o advogado de acusação Armando de Mattos Júnior afirma ter esperança de que o caso vá a júri ainda neste ano. Ele também fala sobre a possível prisão iminente de um dos acusados que está foragido, Anderson Luiz Pereira Brito, 47 anos.


O advogado conta que a captura de Karam em um apartamento na Zona Oeste de São Paulo também é matéria de investigação. “Vamos acompanhar esse desfecho, mas o que importa é que ele está preso e o processo entra em outra marcha. É mais um interrogado, mais um no plenário”, revela.


Mattos ainda ressalta que a detenção realizada quase um ano após a expedição do mandado de prisão preventiva representa uma tranquilidade para a família de Lucas Martins de Paula, vítima do crime. “Resta ainda uma prisão a cumprir. Agora, o processo muda de cenário, nós esperamos que a justiça se concretize e os quatro sejam condenados para que a família receba um pouco de conforto”, diz.


Agora, a tramitação do processo aguarda a determinação do juiz a respeito dos três acusados que estão presos irem a júri. “Ele não determinou ainda se os dois que estão presos há quase um ano também serão encaminhados a júri. Eu entendo que isso vai acontecer, porque caso contrário, já teriam recebido a liberdade, e estão presos há quase um ano”, explica o advogado.


Dono do bar Baccará, Vitor Alves Karam foi preso nesta quarta-feira (17)
Dono do bar Baccará, Vitor Alves Karam foi preso nesta quarta-feira (17)   Foto: Arquivo

Investigação


O advogado de acusação Armando de Mattos Júnior revela que a investigação a respeito do que Vitor Karam fazia enquanto estava foragido, em São Paulo, será um caso à parte. “Será investigado quem estava ajudando, se o apartamento era dele ou se pagava locação e como pagava, se não estava trabalhando”, argumenta.


O advogado afirma ter certeza de que a polícia irá investigar se o acusado estava sendo protegido por pessoas que teriam interesse que ele permanecesse distante desse quadro do processo.


A pretensão da acusação é de que Vitor Karam receba a pena máxima, de 30 anos de reclusão. “É a pena justa. Eu entendo que se ele tivesse feito alguma coisa, alguma intervenção no momento que os seguranças estiveram batendo, teria um alívio e talvez até uma absolvição. Mas ele ficou quieto. No direito penal a pessoa pode cometer um crime por ação ou por omissão, ele o fez por omissão. Então ele merece a prisão tanto quanto os outros que socaram e chutaram o rapaz”, finaliza.


Os quatro acusados pela morte de Lucas Martins de Paula
Os quatro acusados pela morte de Lucas Martins de Paula   Foto: AT

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